O educador financeiro Raul Sena explica como usuários precisam se preparar para os novos mecanismos do Pix.
A partir dessa sexta-feira (1/11) começam a valer as novas regras do Pix. Mais rígidas, as mudanças feitas pelo Banco Central têm como objetivo garantir maior segurança nas transações para impedir fraudes.
Os usuários precisam se preparar para os novos mecanismos. Que incluem limites para transferências acima de R$ 200 por um equipamento que não esteja cadastrado nos sistemas bancários.
As operações maiores só poderão ser feitas de um telefone ou de um computador previamente cadastrados pelo cliente junto à instituição financeira. Com limite diário de R$ 1 mil para dispositivos não cadastrados.
A exigência de cadastro valerá apenas para os celulares e computadores que nunca tenham sido usados para fazer Pix, esclareceu o BC. Para os dispositivos atuais, nada mudará.
Raul Sena, educador financeiro e fundador da AUVP Capital, consultoria de investimentos, explica os efeitos dessas mudanças ao EMPREENDER EM GOIÁS. Confira:
Com a nova regra fica mais difícil para um golpista pegar o seu celular e, mesmo que ele consiga acessar sua conta, movimentar valores altos. E com essa trava, o banco ganha tempo para reverter as operações e devolver a grana pra quem foi vítima. Isso dá mais segurança pro cliente do banco.
Os bancos vão precisar atuar mais ativamente contra os golpistas. Isso quer dizer que eles vão precisar melhorar o sistema de identificação de transações estranhas. Ou seja, aquelas que saem do padrão do cliente. A exigência de cadastro valerá apenas para os celulares e computadores que nunca tenham sido usados para fazer Pix, esclareceu o BC. Para os dispositivos atuais, nada mudará.
Sim. Além disso, vão colocar avisos nas plataformas para alertar sobre os riscos e golpes mais comuns, e fazer uma espécie de “checagem” a cada seis meses pra ver se alguém está com a ficha suja no Banco Central. Dessa forma, quem já usou uma conta para dar golpe pode ser identificado mais rápido.
O Pix Automático, que é tipo um débito automático, pode sim ter um algum risco, como qualquer ferramenta nova de pagamento. Mas, a ideia é que ele fique mais seguro. Essa nova modalidade permite que o usuário autorize previamente algumas cobranças recorrentes via PIX, assim como já acontece no débito automático. Uma dica é sempre ficar de olho nos lançamentos para manter tudo dentro do controle financeiro e evitar alguma surpresa indesejada!
A regra de ouro é sempre desconfiar. Nunca passe dados pessoais ou de alguma conta via telefone, mensagem ou redes sociais. Se alguém te pedir pra fazer um Pix, confirma a história antes. Ligue para a pessoa. Outra dica é cadastrar no banco os aparelhos que você usa e manter o limite de Pix mais baixo pra situações normais. Assim, se precisar liberar um valor maior, você controla no app na hora e evita problemas.