quarta-feira, 16 de julho de 2025
Livrarias goianas crescem em plena era digital

Livrarias goianas crescem em plena era digital

Livraria Nobel repagina espaço físico e promove eventos para atrair mais clientes, especialmente adolescentes e jovens.

27 de junho de 2025

Scylene Britto: “Em meio a um mundo cada vez mais digital e acelerado, muitas pessoas estão redescobrindo o prazer de ler no papel”

Goiás tem registrado crescimento de vendas no comércio varejista. Em abril deste ano teve sua 17ª alta consecutiva, segundo levantamento do Instituto Mauro Borges de Pesquisa e Política Econômica (IMB). Detalhe: com destaque para a venda de livros, jornais, revistas e papelaria, que tiveram alta de 12,4%.

A proprietária da Livraria Nobel, Scylene Britto, há 16 anos no Shopping Bougainville, sentiu uma maior procura por livros físicos. O que tem animado o mercado. “Em meio a um mundo cada vez mais digital e acelerado, muitas pessoas estão redescobrindo o prazer de ler no papel”, diz.

“É como se o livro físico tivesse se tornado um refúgio, um momento de pausa, de conexão mais profunda com o conteúdo e até de cuidado com si mesmo”, frisa a empresária. Segundo levantamento do IPC Maps, o potencial de consumo de livros e material escolar em Goiás chega a R$ 1,7 bilhão por ano.

Repaginação

Mas as livrarias também têm feito sua parte para atrair mais clientes. Scylene pontua que a sua livraria passou por uma repaginada para se tornar mais atrativa e funcional. Além disso, também passou a realizar clubes de leitura de maneira periódica.

“Mais do que vender livros, queremos oferecer experiências. Organizamos eventos, lançamentos, encontros com autores, clubes de leitura. A nossa livraria, por exemplo, tem até uma árvore no meio das prateleiras — um espaço poético, pensado para inspirar. É isso que nos diferencia: o vínculo afetivo com o público, o atendimento, a curadoria, o espaço acolhedor”, diz.

Desafios

Apesar disso, Scylene afirma que manter uma livraria aberta em uma era completamente tecnológica é um desafio. Mas que se apega à crença de que a leitura é transformadora.

“Ela forma senso crítico, estimula a imaginação, promove empatia. E cada livro vendido é, para nós, uma pequena vitória da cultura e do encontro humano. A tecnologia avança — e isso é maravilhoso —, mas ela nunca substituirá o calor de uma livraria viva, onde histórias e pessoas se encontram.”

No Brasil, segundo o 13º Painel de Varejo de Livros, referente ao período de 2 a 29 de dezembro de 2024, por exemplo, o volume de livros vendidos aumentou 18,9%.

A empresária goiana destaca os gêneros de fantasia, romance e suspense como os mais procurados por adolescentes na atualidade.

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