Grupo goiano vai investir R$ 80 milhões nos próximos dois anos para chegar a R$ 1 bilhão de faturamento na safra 2028/29.
O Grupo Canassa, com sede em Inhumas (GO), já definiu o planejamento estratégico para os próximos dois anos. Vai contemplar investimentos da ordem de R$ 80 milhões. Com a expansão das atividades, a expectativa é que o faturamento bruto atinja R$ 1 bilhão na safra 2028/29. É mais que o dobro dos R$ 450 milhões atuais.
Entre os projetos estão uma nova estrutura e inovação focada em tecnologia. Além da construção de uma indústria de esmagamento de soja (processamento de óleo e farelo), conclusão da sementeira com uma outra unidade em Silvânia (GO) e o aumento da capacidade de armazenamento de grãos.
Com estes investimentos, o Grupo Canassa espera fechar o ciclo da soja. Do fornecimento de sementes selecionadas e de insumos, da assistência técnica aos produtores, do processamento industrial da oleaginosa até a comercialização dos produtos nos mercados nacional e internacional.
“Queremos fechar toda a cadeia produtiva da soja, onde já temos expertise no fornecimento de semente selecionada, premium, que garante mais produtividade das lavouras”, destaca o engenheiro agrônomo e CEO do grupo empresarial, Leandro Canassa.
Criado há 15 anos, o Grupo Canassa é 100% brasileira, que se consolida com base familiar e foco no mercado agrícola, que atua na comercialização e distribuição de sementes, insumos e serviços para o produtor rural. Tem empresas nas áreas de revenda, armazéns gerais e sementeira. Atualmente, conta com quatro lojas de revendas de insumos (em Nova Crixás, Itaberaí, Silvânia e Uruaçu) e duas unidades fabris de sementes e armazenagem (Inhumas e Silvânia).
Este ano, vai produzir 550 mil sacas de 40 quilos de sementes de soja premium, um volume 65% superior ao do ano passado. A expectativa é que, em 2030, sejam comercializadas 1,2 milhão de sacas em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Distrito Federal. A empresa é conhecida por sua tecnologia TSI (Tratamento de Sementes Industrial), que visa otimizar o crescimento das lavouras e aumentar a produtividade. Nos próximos três anos vai aumentar a geração de empregos atingindo 500 colaboradores, mais do que o dobro dos atuais 200.
A empresa oferece sementes de soja de marca própria, com genética Brasmax, Inova Genética e Cordius. Trabalha no regime de licenciamento de cooperados-produtores de sementes de soja premium. Garante também a assistência técnica desde a compra da semente, o plantio, a colheita e até a revenda final. Os grãos que não passam pelo processo de seleção são armazenados e vendidos às esmagadoras de soja e indústrias de aves e suínos.
Conta também com armazéns para milho. A capacidade de armazenamento de soja e milho, no rotativo, chega a 1 milhão de sacas. Além disso, atua na revenda de insumos, com um portfólio completo para atender os produtores de soja e de milho, além de cuidar de toda a comercialização das commodities.
“Fornecemos aos produtores todas as oportunidades de negócios, dando-lhes uma macro visão de mercado. Ajudamos a plantar, a colher e a vender. Somos fiéis aos nossos agricultores do começo, meio e fim”, destaca Leandro Canassa.
O modelo de negócio adotado na Canassa tem despertado atenção de empresas estrangeiras e brasileiras. Recentemente, empresários e técnicos da China e do Congo visitaram a indústria e os campos de produção de sementes. “Temos grande visibilidade nos mercados”, diz o CEO.
Embora tenha um plano estratégico de crescimento, o Grupo Canassa também vem enfrentando dificuldades com a falta de mão de obra qualificada. Outro entrave é a carência de crédito no mercado. O ponto chave é que está ocorrendo o processo de desbancarização e entrando os investidores.
Contudo, segundo o CEO, falta jurisprudência para dar garantias nesse mercado financeiro, o que gera incertezas.