Goiás tem avanços, com destaque para solidez fiscal e segurança pública, mas também desafios, como meio ambiente e inovação.
Goiás consolidou sua presença entre os estados mais competitivos do Brasil ao manter a 8ª posição no Ranking de Competitividade dos Estados 2025, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP).
Nos últimos anos, Goiás tem mostrado resiliência. Em 2021, ocupava a 10ª posição nacional, chegando ao 7º lugar em 2023 e, em seguida, recuando para o 8º posto em 2024, onde se mantém em 2025.
Já o top 5 do ranking permanece inalterado desde 2023: São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
O levantamento mostra que os estados mais competitivos concentram-se nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Entre os dez primeiros colocados, apenas Minas Gerais e Espírito Santo trocaram de posição, ocupando agora o 7º e o 6º lugar, respectivamente.
Criado há 14 anos pelo CLP, o Ranking de Competitividade dos Estados analisa 100 indicadores organizados em 10 pilares temáticos: infraestrutura, sustentabilidade social, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado e inovação.
Inicialmente, o estudo foi elaborado em parceria com a EIU (Economist Intelligence Unit), ligada à revista britânica The Economist. Desde então, passou a ser conduzido exclusivamente pelo CLP.
Na edição de 2025, Goiás registrou crescimento em cinco pilares:
• Capital humano: 7ª posição (avanço de 2 posições).
• Eficiência da máquina pública: 4ª posição (avanço de 1).
• Inovação: 24ª posição (avanço de 3).
• Solidez fiscal: 5ª posição (avanço de 4).
• Segurança pública: 11ª posição (avanço de 6).
Entre os destaques, está o avanço em solvência fiscal, com Goiás subindo quatro posições, resultado de medidas como renegociação de contratos, maior rentabilidade de recursos financeiros e pagamento de precatórios.
Outro ponto relevante foi o salto de nove posições no planejamento orçamentário, passando da 24ª para a 15ª colocação. O estado também se destacou na chamada regra de ouro, que mede a capacidade de investir com recursos próprios, sem recorrer a empréstimos.
O subsecretário do Tesouro Estadual, Wederson Xavier de Oliveira, destacou que Goiás saiu da 21ª posição em solidez fiscal em 2019 para o atual 5º lugar. “Foram medidas de ajuste, reestruturação de passivos e disciplina fiscal que permitiram essa virada”, ressaltou.
Apesar dos avanços, Goiás apresentou recuo em alguns pilares importantes:
• Sustentabilidade ambiental: 5º lugar (queda de 2).
• Educação: 10º lugar (queda de 2).
• Infraestrutura: 13º lugar (queda de 1).
• Potencial de mercado: 5º lugar (queda de 3).
• Sustentabilidade social: 11º lugar (queda de 1).
Esses pontos demonstram áreas estratégicas em que o estado precisa de maior atenção e investimentos para manter o equilíbrio competitivo.