quinta-feira, 6 de novembro de 2025
Fundada em 2000, a CSM Engenharia começou com pequenas reformas e obras comerciais. Mas encontrou sua verdadeira vocação ao se reposicionar no mercado a partir de 2019. De uma empresa voltada a reformas e lojas de shopping, passou a atuar em grandes empreendimentos industriais e logísticos. E tem se consolidado como uma das referências em construção corporativa em Goiás.
O objetivo é alcançar R$ 100 milhões por ano até 2028. “Quando retomamos a empresa, a ideia era ampliar o portfólio e atuar em obras de maior porte, voltadas à área comercial e industrial. A partir daí, passamos a atender marcas como Pernambucanas, Fujioka e o Colégio Einstein”, conta Cledistonio Salvador, CEO da CSM Engenharia, ao EMPREENDER EM GOIÁS.
O crescimento da companhia, segundo ele, é sustentado por um modelo de relacionamento direto com os clientes. “Nunca tivemos departamento comercial ou investimento em propaganda. Nosso trabalho é baseado em confiança, indicação e entrega de soluções que tragam economia e eficiência ao cliente”, explicA.
O ponto de virada veio das chegadas das grandes empresas de e-commerce, como Mercado Livre, Shopee e Amazon, que investiram em centros de distribuições em Goiás. Hoje, a CSM tem cerca de 50% de suas obras no setor industrial, 40% no logístico e 10% no comercial.
Entre os destaques estão a primeira fábrica de armas (DFA Defense) do Centro-Oeste, em Anápolis, e a primeira fábrica de suplementos da região. Além de obras para clientes como Vitamedic, Hipermarcas e Gabardo Transportes. Desde 2019, quando passou a atuar no ramo, a empresa já movimentou R$ 45 milhões.
“Identificamos uma lacuna no Estado. Goiás cresce no agronegócio e no comércio eletrônico, mas ainda carece de infraestrutura de armazenagem. Começamos a desenvolver projetos built-to-suit, apresentando aos investidores a oportunidade de construir galpões sob demanda para grandes players do setor”, conta o empresário.
A preocupação com sustentabilidade também se tornou uma marca dos projetos recentes da CSM. Um exemplo citado por Salvador é o retrofit realizado para a Gabardo Transportes, em Anápolis.
“Apresentamos ao cliente uma solução para instalação de painéis solares, reaproveitamento de água e separação de óleo na área de manutenção. Depois da execução, a empresa conseguiu o selo verde, de empresa ecologicamente correta. Isso mostra como buscamos agregar valor ao negócio do cliente”, contou.
Ao todo, são mais de 45 mil metros quadrados construídos, 600 obras entregues e mais de 1,5 mil colaboradores.
A aposta em Goiás como polo de crescimento é estratégica. O estado reúne condições logísticas privilegiadas, como localização central, boa malha viária e custos competitivos, além de apresentar indicadores positivos em qualidade de vida e segurança pública.
“Goiás está no centro do Brasil. Logisticamente, é muito mais atrativo para grandes players. É mais barato e seguro instalar um centro de distribuição aqui do que em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Isso explica por que tantas empresas estão voltando os olhos para cá”, afirma.
Mesmo com a expansão, Salvador mantém o foco em fortalecer a presença em no Estado. “Acredito muito em Goiás. Nosso plano é continuar investindo aqui, ajudando a desenvolver a economia local e atraindo novas empresas. Queremos gerar emprego, renda e mostrar para o país o potencial que temos”, destaca.
O empresário adianta ainda que a CSM está à frente de um grande projeto de relevância nacional, cuja divulgação deve ocorrer nos próximos meses. “É um empreendimento que vai devolver a Goiás uma posição de destaque no cenário nacional. Estamos envolvidos desde o projeto até a implantação”, afirma. Sem revelar detalhes por questões de confidencialidade.
