
A Aclara Resources Inc. anunciou os resultados do novo estudo de pré-viabilidade (PFS) do Projeto Carina, em Nova Roma (GO). O documento, de 22 de outubro, teve a participação de diversas empresas de engenharia especializadas no setor mineral. A mina goiana se tornou a primeira do mundo a declarar reservas de terras raras pesadas provenientes de argilas iônicas em conformidade com a norma NI 43-101.
Para o COO da Aclara, Hugh Broadhurst, os resultados colocam a empresa em posição estratégica no mercado global. “A profundidade dos dados, a qualidade da engenharia e a validação em escala piloto nos dão grande confiança para avançar rumo à fase de viabilidade. O processo comprovado do Carina e seu design sustentável nos posicionam como uma das fontes mais responsáveis e competitivas de terras raras pesadas do mundo.”
A avaliação econômica, indica Valor Presente Líquido (VPL) pós-impostos de US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões). Utilizando taxa de desconto de 8%,e Taxa Interna de Retorno (TIR) de 22% ao longo da vida útil da mina, estimada em 18 anos. O retorno do investimento deve ocorrer em 4,5 anos.
Os números do PFS incluem capex inicial de US$ 548,3 milhões e total de US$ 680,5 milhões; impostos locais de US$ 64,3 milhões; receita líquida média anual de US$ 487 milhões; EBITDA anual estimado em US$ 352 milhões; NSR médio de US$ 49,5/tonelada processada; e custo médio de produção de US$ 13/tonelada.
O estudo também revela aumento da pureza do MREC de 91,9% para mais de 95% — chegando a 97,7% segundo balanço de massa projetado.
A Aclara assinou, em agosto de 2024, um Memorando de Entendimento com o governo de Goiás e a Prefeitura de Nova Roma para acelerar a implantação do projeto. A licença prévia foi submetida em maio de 2025 e segue em avaliação.
O cronograma atualizado prevê início dos trabalhos preliminares (acampamento, estradas e infraestrutura auxiliar) em 2026. No ano seguinte, início da construção principal, com possível antecipação da produção para meados de 2028.