sábado, 26 de outubro de 2024
Shoppings têm mais procura do que oferta de espaços

Shoppings têm mais procura do que oferta de espaços

Na Grande Goiânia, a maioria dos shoppings não tem, no momento, espaços para novas lojas, restaurantes e unidades lazer.

13 de agosto de 2024

Fernando Maia: A indústria do segmento shoppings está passando por adaptações e transições como a economia em geral”

Pela primeira vez, em 20 anos, a maioria dos mais de 600 shopping centers do Brasil, dos quais 10 na Região Metropolitana de Goiânia, estão numa posição atípica. A procura por espaços nos empreendimentos é maior do que a oferta. Fato confirmado pelos próprios diretores dos shoppings e pelo membro da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

Isto porque os shoppings se tornaram equipamentos de multiuso e não apenas lugar de lojas de varejo. Esta mudança de estratégia tem atraído mais e mais consumidores. E chamado a atenção dos empresários que querem abrir lojas, restaurantes, prestação de serviços e outros pontos de lazer.

Fernando Maia, membro da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), destaca que a indústria de shoppings passou a agregar outros tipos de serviços, além de lojas de varejo.

Os espaços se tornaram também centros empresariais de beleza, de saúde humana e de animais (pet shopping), de alta gastronomia, de academia, de escolas e de cartórios. Além de serem pontos de prestação de serviços públicos e privados, com espaços para vendas de imóveis, de veículos, lavanderias, serviços bancários e outros. É também um ponto de encontro de amigos e familiares.

Aliado a esta gama de serviços, os centros de compras também oferecem segurança aos frequentadores, estacionamento dentro do próprio espaço e até ponto de chegada e saída de ônibus rodoviários estadual e interestadual. “Muitos shoppings hoje são uma cidade completa”, diz Maia, que é sócio de vários shoppings na Região Metropolitana de Goiânia.

Adaptação

Na Grande Goiânia, dos 10 shoppings, pelo menos em cinco a ocupação dos espaços chega a mais de 96%. Em alguns, não há mais espaço para locação. Aqueles que ainda têm espaços estão fazendo adaptações para receber os futuros condôminos e ampliando a gama de oferta de produtos e serviços.

Fernando Maia disse que a indústria do segmento shoppings está passando por adaptações e transições como a economia em geral. Acrescenta que esta realidade veio para ficar: espaço multiuso e de socialização.

Confiança

O superintendente comercial do Flamboyant Shopping, João Ricardo Gusmão Ladeia, confirma que a procura por espaço supera a oferta, fato que vem ocorrendo desde a última expansão, em 2014. “Há várias marcas nacionais e internacionais aguardando uma oportunidade para abrir seu empreendimento no Flamboyant”, destaca.

Acrescenta que o shopping tem área para expansão e, atualmente, conta com 300 operações entre lojas e quiosques, além de oito restaurantes e outros três que serão inaugurados até outubro, e oito salas de cinema e parque de diversões.

O Goiânia Shopping, onde também não há espaço disponível, informou que está sempre buscando soluções para os consumidores no dia a dia. A direção do shopping está avaliando possibilidades futuras de expansão e que “o foco é ser um destino completo de experiência de compras e para a família”.

No Buriti Shopping, a procura por espaços também é maior do que a oferta, segundo o gerente de marketing, Thiago Souza. Esta realidade, destaca, ajuda a valorizar o centro de compras e a atrair mais consumidores. A maior demanda por espaço é por parte de empreendedores nas áreas de alimentação, roupas e experiências recreativas.

Segundo ele, o shopping planeja novas áreas que venham a acomodar tanto novos lojistas quanto eventos e experiências diferenciadas. Atualmente, são 260 operações que incluem lojas, restaurantes, espaços de beleza, clínicas, espaços de recreação e serviços diversos, inclusive públicos, como o Vapt Vupt.

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