O produto é um tributo à Chica Machado, mulher negra e ex-escravizada que conquistou respeito e influência no Brasil colonial.
A franquia goiana PopCorn Gourmet e a Café Quilombo lançaram um produto que combina sustentabilidade, café e pipoca em homenagem à história e ritual etiópe. É um tributo à história de Chica Machado, uma mulher negra e ex-escravizada que conquistou respeito e influência no Brasil colonial.
Danilo Negrete, fundador e diretor da Café Quilombo, conta que o objetivo do produto é resgatar a cultura etíope no Brasil. “O café tem uma história milenar que começou na Etiópia, onde até hoje a população consome café com pipoca. Assim como é para gente o café com pão. Com a criação de Chica, queremos ressignificar essa trajetória e ocupar cada vez mais espaços, aquilombando-nos, resistindo e celebrando nossas origens africanas”, explica.
A PopCorn Gourmet traz para a receita pipoca em pó, cacau, raspas de chocolate, toque de canela e leite em pó, deixando a bebida cremosa e aromática. Elaine Moura, CEO da PopCorn Gourmet, explica que a parceria visa apresentar para o Brasil que pipoca e café sempre formaram uma dupla perfeita.
“Ressignificamos o conceito de pipoca gourmet e agora estamos dando mais um passo. Em diversas partes da Etiópia, o café e a pipoca fazem parte de um ritual social de partilha e união. Queremos que Chica proporcione uma experiência parecida, combinando o melhor dos dois mundos. Não é apenas uma bebida, é uma celebração cultural”, salienta.
Conforme os empresários, Chica reflete a preocupação das duas marcas com a sustentabilidade e com a ancestralidade. A receita aproveita o leite em pó excedente da produção da pipoca de Ninho Trufado da PopCorn Gourmet, criando um cappuccino instantâneo com chocolate e café.
“Chica é mais que um produto. É um exemplo de como podemos transformar desafios em oportunidades por meio da criatividade e da sustentabilidade,” afirma Negrete. “Queremos que, ao tomar Chica, as pessoas não só desfrutem do sabor incrível do café e da pipoca, mas também se conectem com uma história de resistência e protagonismo negro”, completa Elaine.