A Amazon já investiu mais de R$ 55 bilhões no Brasil ao longo da última década. Desse total, a maior parte – cerca de 86% – está aplicada no estado de São Paulo, que sozinho recebeu R$ 47 bilhões.
Para se ter uma ideia da concentração de recursos, São Paulo abriga seis centros de distribuição da Amazon. E conta também com 75 estações de entrega equipadas com tecnologia própria.
Logo depois, no ranking de investimentos, aparecem Pernambuco (R$ 2,1 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 1,7 bilhão), Minas Gerais (R$ 1,4 bilhão), Ceará (R$ 916 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 888 milhões) e o Distrito Federal (R$ 460,7 milhões). Enquanto isso, Paraná e Bahia receberam R$ 90 milhões cada.
Já Goiás recebeu R$ 81,7 milhões desde 2015. Esse valor foi aplicado, sobretudo, na implantação de quatro estações de entrega. Dessa forma, Goiás aparece como o 10º estado que mais recebeu investimentos da multinacional norte-americana.
Curiosamente, a Amazon comparou o volume investido no estado à realização de 28 edições do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), evento cultural tradicionalmente realizado na cidade de Goiás.
Segundo a empresa, “desde 2011, expandimos significativamente nossa estrutura física e digital no Brasil. Além disso, nos últimos 18 meses, 140 novos polos foram abertos, totalizando 200 polos logísticos operados com a tecnologia Amazon e estrategicamente distribuídos em todas as regiões do país”.
As perspectivas de novos investimentos são promissoras. Em maio deste ano, o vice-presidente mundial de Relações Institucionais da Amazon, Shannon Kellogg, revelou que a empresa avalia implantar data centers e polos de inteligência artificial fora dos Estados Unidos.
Entre os estados analisados, Goiás se destaca por já atender dois critérios fundamentais exigidos pela gigante do e-commerce. Em primeiro lugar, há a segurança jurídica, garantida pelo marco civil da inteligência artificial aprovado no estado.
Em segundo lugar, destaca-se a utilização de energia limpa nos datacenters, o que é considerado um ponto estratégico para a expansão da Amazon.
Além disso, Goiás conta com uma legislação específica sobre bioinsumos e abriga cinco indústrias do setor, incluindo uma controlada por capital norte-americano — ou seja, o estado já apresenta um ecossistema propício para receber novas unidades tecnológicas da empresa.