quinta-feira, 21 de agosto de 2025
Embora a confirmação oficial deve acontecer em breve, o mercado automotivo e o governo de Goiás já tratam como certo: a Caoa Changan vai produzir três novos modelos em Anápolis (GO). A produção ocorrerá na mesma fábrica onde a Caoa já monta os veículos da também chinesa Chery, uma informação que o portal EMPREENDER EM GOIÁS antecipou ainda em julho deste ano.
A nova operação promete, consequentemente, aquecer o cenário industrial da região.
A apresentação oficial da Caoa Changan ao público brasileiro está marcada para um evento de grande porte: o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, em novembro. No entanto, os consumidores precisarão aguardar um pouco mais, pois o início das vendas está previsto para o segundo trimestre de 2026.
Além disso, um ponto estratégico importante é que as equipes de vendas e as redes de concessionárias das marcas Caoa Chery e Caoa Changan operarão de forma totalmente independente, garantindo um foco especializado em cada portfólio de produtos.
A chegada da Changan é vista como um marco para o estado. O secretário de Indústria e Comércio de Goiás, Joel Sant`Anna Braga Filho, destacou em suas redes sociais que a vinda da montadora é também resultado de negociações conduzidas pelo governo estadual.
“Essa conquista consolida Goiás como referência internacional na atração de investimentos, fortalece a indústria automobilística de alta tecnologia e, principalmente, garante mais empregos e renda para os goianos”, afirmou o secretário. Portanto, o investimento reforça a posição de Anápolis como um polo automotivo estratégico no Brasil.
Inicialmente, a estratégia da Caoa Changan focará no segmento de SUVs, que continua em alta no mercado brasileiro. Serão três modelos produzidos em Anápolis, cada um com uma proposta distinta: Uni-T: SUV médio com motor a combustão; CS75 Plus: SUV médio-grande, também a combustão; e Avatr 11: SUV elétrico de grande porte e alto luxo.
A Changan, inclusive, já está realizando testes com esses modelos em território brasileiro para adaptá-los às condições locais.
O primeiro a chamar a atenção será o Uni-T, um utilitário esportivo médio com 4,51 metros de comprimento. Seu conjunto mecânico é composto por um motor 1.5 turbo de 188 cv e um câmbio automatizado de dupla embreagem com sete marchas.
O design aposta fortemente em linhas esportivas e arrojadas. Em termos de dimensões, ele se aproxima do Toyota Corolla Cross, mas com um entre-eixos generoso, similar ao do Caoa Chery Tiggo 8.
Em seguida, posicionando-se acima do Uni-T, teremos o CS75 Plus. Este SUV de porte semelhante ao Jeep Commander mede 4,77 metros de comprimento e possui um excelente entre-eixos de 2,80 m.
O modelo se destaca pelo conjunto óptico dividido e uma grade frontal estilizada. Internamente, o foco é a tecnologia, com um painel que integra três telas, somando 37 polegadas, incluindo uma exclusiva para o passageiro. Haverá opções de motores 1.5 e 2.0, ambos turbo.
Coroando a linha, o Avatr 11 será o modelo mais sofisticado da operação. Posicionado na faixa de R$ 600 mil, ele chegará para disputar mercado com SUVs elétricos de marcas premium como Audi e BMW.
A versão flagrada em testes no Brasil é equipada com dois motores elétricos que, de forma combinada, entregam impressionantes 547 cv e 70 kgfm de torque. Com isso, sua aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em apenas 3,9 segundos.
O modelo também possui uma versão híbrida de autonomia estendida que, segundo o padrão chinês WLTC, pode superar os 1.000 km de alcance.
É importante ressaltar que a chegada da Changan não interfere na sociedade existente entre a Caoa e a Chery. As duas montadoras firmaram um entendimento que permite a cada uma trazer outras marcas de forma independente.
Prova disso é que, desde então, a Chery já lançou a Omoda e a Jaecoo, e agora trabalha para trazer a marca Jetour ao país.
