terça-feira, 9 de setembro de 2025
Melão goiano chega à mesa dos argentinos

Melão goiano chega à mesa dos argentinos

A primeira exportação de 20 toneladas saiu de uma lavoura de 10 hectares em Porangatu.

8 de setembro de 2025

Técnicos da Agrodefesa conferem os melões a serem exportados

Os argentinos já podem experimentar o melão produzido em Goiás. A primeira carga de 20 toneladas saiu de uma lavoura de 10 hectares em Porangatu, Norte do Estado. Marcou a estreia do melão goiano na pauta de exportação, Além de fortalecer a presença das cucurbitáceas goianas (melancia, abóbora e melão) no comércio internacional.

Um trabalho conjunto da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), de produtores e técnicos responsáveis pela lavoura. O esforço coletivo garantiu que a produção atendesse a todas as exigências fitossanitárias internacionais, fator essencial para abrir portas em novos mercados.

Somente em 2025, a Agrodefesa acompanha 40 lavouras de cucurbitáceas em Goiás com foco na exportação. Sendo 37 áreas de melancia; 2 áreas de abóbora; e 1 área de melão.

Essas áreas somam 492 hectares de cultivo em municípios como Carmo do Rio Verde, Itapuranga, Jaraguá, Porangatu e Uruana. Com produção estimada em 33,5 mil toneladas (30.410 toneladas de melancia, 2.590 de abóbora e 500 de melão).

Controle rigoroso

O processo de exportação exige monitoramento constante da mosca-das-frutas (Anastrepha grandis), realizado por técnicos habilitados e fiscalizado pela Agrodefesa.

Os fiscais acompanham todo o ciclo produtivo: cadastro das lavouras; inspeções semanais; monitoramento do embarque; emissão das permissões de trânsito; e lacre das cargas.

Na fronteira, o Mapa faz a última checagem e emite o Certificado Fitossanitário de Exportação, documento que garante a entrada do melão goiano no país importador.

Competitividade

Para o gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Leonardo Macedo, o acompanhamento técnico é decisivo: “A cada safra, consolidamos a confiança internacional na defesa agropecuária goiana. Esse é um diferencial que garante competitividade às frutas produzidas no Estado”.

O coordenador do Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para cucurbitáceas, Mário Sérgio de Oliveira, explica que as medidas preventivas começam ainda no campo, com coleta de amostras e inspeções semanais.

Já o engenheiro agrônomo Enio Gomes Gontijo Júnior, responsável técnico da lavoura de Porangatu, reforça que o projeto é fruto de um trabalho coletivo entre Agrodefesa, produtores e técnicos. Que garante não apenas frutos saudáveis, mas também um sistema produtivo apto a atender as exigências internacionais.

Expansão de mercados

Com a inclusão do melão de Goiás na pauta de exportação, o Estado amplia sua presença no mercado internacional das cucurbitáceas. A expectativa é que o melão siga o caminho já trilhado pela melancia goiana, consolidando-se como um produto competitivo no exterior e gerando mais oportunidades para os produtores.

“Temos várias novas áreas interessadas em se habilitar e adotar o SMR para ampliar mercado e vender para fora. Especialmente no caso da melancia, seguida pela abóbora e agora também pelo melão”, ressalta Enio Gomes.

Saiba mais: Goiás é o 2º do País em produção de melancia

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