O perfil da arrecadação do ICMS goiano revela uma predominância clara de indústrias e grandes redes de comércio.
O perfil da arrecadação do ICMS goiano revela uma predominância clara de indústrias e grandes redes de comércio entre os 500 maiores contribuintes. Destas, 152 são empresas industriais, 122 atuam no varejo e 114 são atacadistas e distribuidoras. Segundo levantamento oficial de 2024, disponibilizado pela Secretaria da Economia do Estado.
Esses três segmentos representam quase 80% dos principais responsáveis pela receita estadual do imposto. Em 2024, o governo de Goiás arrecadou R$ 29,3 bilhões em ICMS, com aumento de 19,5% em relação ao ano anterior.
O segmento industrial é o que mais se destaca, refletindo a força de cadeias como alimentos e bebidas, fármacos, construção civil, autopeças e bens de consumo.
Já o varejo é puxado pelo avanço de hipermercados, atacarejos, farmácias e redes de eletro, consolidando Goiás como um mercado de consumo em franca expansão.
No atacado e distribuição, o estado confirma seu papel estratégico como hub logístico do Centro-Oeste, com empresas especializadas em alimentos, higiene, fármacos e eletroeletrônicos.
Embora contem com apenas 36 empresas (33 de combustíveis e 3 de energia elétrica), esses segmentos concentram parte relevante da arrecadação de ICMS em Goiás.
Distribuidoras de combustíveis, usinas sucroenergéticas e a distribuidora de energia regional aparecem entre os primeiros lugares do ranking, evidenciando o alto ticket médio de cada operação.
O levantamento mostra ainda 23 contribuintes ligados à produção agropecuária e 6 de mineração, reforçando a importância do setor primário na economia goiana. Essa base gera valor adicional ao se integrar à indústria local, como no caso de usinas de etanol, frigoríficos e fabricantes de fertilizantes.
O peso da indústria e do comércio demonstra a consolidação de Goiás como um estado com cadeias produtivas completas – do campo à indústria, passando pela distribuição e chegando ao consumidor final.