Governo americano aprovou financiamento para expandir a produção de terras raras da mina de Serra Verde em Minaçu.

A produtora brasileira de terras-raras Serra Verde garantiu até US$ 465 milhões em financiamento da Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (DFC). Segundo documento oficial do órgão ligado ao Departamento de Estado americano.
O aporte de mais de R$ 2,,5 bilhões vai financiar a expansão e modernização das operações da empresa na mina Pela Ema, em Minaçu (GO). Considerada um dos principais ativos estratégicos do setor no país.
O financiamento da DFC — agência criada durante o governo Donald Trump para apoiar projetos considerados estratégicos em países emergentes — integra a política norte-americana de reduzir a dependência da China no fornecimento e processamento de minerais críticos.
Atualmente, o país asiático controla mais de 80% da produção global de terras-raras. Essenciais para tecnologias avançadas como veículos elétricos, turbinas eólicas, equipamentos militares e eletrônicos de alto desempenho.
Os recursos da DFC vão para: modernização das operações da Serra Verde, cobertura de despesas operacionais, criação de contas de reserva, refinanciamento de dívidas dos acionistas; e custos gerais de transação.
A operação ainda está em fase final de ajustes. “O projeto está passando por revisões antes da conclusão. Preferimos aguardar para comentar quando a transação estiver finalizada”, informou a empresa em nota.
A Serra Verde é considerada a primeira companhia brasileira a produzir terras-raras em escala industrial. A empresa possui apoio de fundos internacionais como Denham Capital, Vision Blue Resources e Energy and Minerals Group.
O financiamento de R$ 2,5 bilhões representa mais do que um aporte econômico: simboliza a entrada definitiva do Brasil no mapa global das matérias-primas estratégicas. Com reservas expressivas e operações avançadas, Goiás se consolida como um fornecedor confiável de minerais essenciais para a transição energética.
Enquanto isso, os Estados Unidos ampliam sua influência geopolítica e garantem maior autonomia tecnológica — em um movimento que reconfigura as cadeias globais de valor e abre novas oportunidades para a indústria mineral brasileira.