sábado, 14 de dezembro de 2024
Empresários estão cautelosos com a nova lei trabalhista

Empresários estão cautelosos com a nova lei trabalhista

Os empresários e diretores de empresas goianas ouvidos pelo EMPREENDER EM GOIÁS estão confiantes de que haverá melhora na relação com os colaboradores a partir da nova legislação trabalhista, que entra em vigor no Brasil em novembro, dando mais segurança jurídica para ambas partes sem retirar direitos. Mas a maioria informou que vai esperar a […]

24 de agosto de 2017

Os empresários e diretores de empresas goianas ouvidos pelo EMPREENDER EM GOIÁS estão confiantes de que haverá melhora na relação com os colaboradores a partir da nova legislação trabalhista, que entra em vigor no Brasil em novembro, dando mais segurança jurídica para ambas partes sem retirar direitos. Mas a maioria informou que vai esperar a vigência da lei para tomar medidas concretas com relação a novos contratos ou alterações no quadro de pessoal.

Algumas empresas poderão se beneficiar mais rapidamente das novas regras, como o Grupo Pirineus/Calcário Ouro Branco e Fillercal Mineração , de Indiara. Segundo o coordenador do Departamento de Pessoal das empresas, Antonio Cardoso dos Santos, há uma demanda por trabalho considerável nas empresas, e que as novas regras poderão ser utilizadas em breve para trazer uma flexibilidade de negociação entre empresa e empregado. “Temos uma rotatividade de mão de obra em função da safra de calcário, que acontece no período de abril a novembro, quando usamos mais pessoal. Isso certamente será benéfico para nós, mas estamos estudando e avaliando as novas regras da legislação com bastante cautela, verificando cada ponto, para de fato aplicarmos o que é mais propício através da livre negociação”, afirmou Cardoso, que gerencia 130 funcionários contratados em regime de CLT de ambas empresas.

Ivan da Gloria, diretor da Genix, fabricante de cápsulas para remédios, chama a reforma de “atualização da legislação” e diz que a empresa poderá se valer mais da terceirização, expediente que ela já usa em algumas áreas da produção. A empresa conta hoje com 400 funcionários. “A ampliação da terceirização deu mais tranquilidade jurídica, podemos ampliar isso, se precisarmos. Mas estamos também na fase de estudos, promovendo a informação interna sobre a lei. Há muitas entrelinhas aí e precisamos esperar para ver, por exemplo, com o juiz do trabalho vai interpretar. Pode ser que seja de um jeito diferente do que imaginamos agora”, diz.

O empresário Jaime Canedo é dono da Ki-Joia, indústria e comércio de produtos de limpeza, e diz que o maior avanço da nova lei será “simplificar a relação capital x trabalho” e dar mais segurança jurídica às empresas. “Esperamos que pacifique especialmente as negociações trabalhistas. O fim dessas negociações tuteladas pelo Estado, sem dúvida, é o maior avanço”, frisa. Com 67 funcionários contratados em regime de CLT e mais 18 representantes comerciais, Canedo diz que sua empresa poderá até ampliar o quadro de empregados. “Nenhuma lei por si só gera emprego, mas é claro que você tendo um regramento que favoreça o ambiente econômico anima mais o empresário a contratar”, afirma.

O tema tem despertado grande interesse. Na quarta-feira (dia 23), a Federação das Indústrias do Estado de Goiás realizou um workshop sobre o assunto, com a presença de centenas de empresários e diretores de recursos humanos das empresas. Presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira disse que a lei poderá gerar uma “mudança positiva” para o ambiente econômico do País. “Tudo que é novo é envolvido por muitas dúvidas e questionamentos”, afirmou.

Vários empresários e diretores de RH debateram sobre a nova legislação trabalhista em evento na Fieg

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