As micro, pequenas e médias empresas já podem solicitar os empréstimos do BNDES Giro, que está oferecendo R$ 20 bilhões em crédito para custear despesas operacionais (capital de giro) das empresas. Os empréstimos serão concedidos com base na Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP), atualmente 7% ao ano, mas a previsão é de que […]
As micro, pequenas e médias empresas já podem solicitar os empréstimos do BNDES Giro, que está oferecendo R$ 20 bilhões em crédito para custear despesas operacionais (capital de giro) das empresas. Os empréstimos serão concedidos com base na Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP), atualmente 7% ao ano, mas a previsão é de que a nova linha de crédito terá uma taxa média de 1,5% ao mês, já que terão acrescida uma margem (spread) de 1,5% cobrada pelo BNDES. Também os bancos comerciais, privados ou estatais vão cobrar taxa adicional.
Se depender dos micro e pequenos empresários goianos, o dinheiro não vai sair do banco. Para o presidente da Federação da Micro e Pequena Empresa de Goiás (Fempeg), Hélio Rodrigues de Almeida, os juros anuais deste programais chegarão a 19,56% ao ano, ou seja, estão elevadíssimos para quem deseja empreender.
“Não é possível atrelar as micro e pequenas empresas às grandes, como propõem as condições do programa BNDES Giro. Não é de hoje que isso não funciona”, diz Hélio Rodrigues. Segundo ele, a adesão deverá ser inexpressiva por causa das altas taxas e também em decorrência da crise econômica e política. “Os empresários estão fugindo de empréstimos. Ninguém sabe o que vai acontecer com o País”, frisa.
De acordo com o governo federal, em 24 horas o dinheiro vai estar disponível na conta da empresa, ante o prazo de 50 a 60 dias para a atual linha de financiamento. Essa liberação de recursos deve ser mais rápida por causa da integração de plataformas de tecnologias de agentes financeiros com o BNDES. Ou seja, a promessa é de que o novo programa vai acelerar, via internet, a análise de pedidos dos empresários e a concessão de financiamento de capital de giro.
Juros
Para empresas com faturamento de até R$ 90 milhões por ano, a nova linha terá juro que segue a TJLP – atualmente em 7% ao ano -, acrescida de uma margem (spread) de 1,5% cobrado pelo BNDES. Além disso, haverá taxa adicional cobrada pela instituição financeira que opera o empréstimo diretamente ao cliente – os bancos comerciais, privados ou estatais.
Para grupos com faturamento de R$ 90 milhões a R$ 300 milhões, o juro base será composto por 50% da TJLP e 50% da Selic acrescida de igual margem do BNDES de 1,5% e da taxa do banco comercial que oferecer a linha. O BNDES prevê que os recursos possam atingir até 200 mil clientes que, com um tíquete médio de R$ 100 mil, é possível chegar ao montante de R$ 20 bilhões, que o banco disponibilizará para a nova linha.