Depois de quase 18 meses após ter encerrado as atividades por conta da grave crise econômica no País e escassez de milho no mercado interno, a BRF Brasil Foods retomará as operações na fábrica em Jataí, na Região Sudoeste de Goiás. Com isto, serão gerados aproximadamente 500 empregos, a mesma quantidade que no ano passado […]
Depois de quase 18 meses após ter encerrado as atividades por conta da grave crise econômica no País e escassez de milho no mercado interno, a BRF Brasil Foods retomará as operações na fábrica em Jataí, na Região Sudoeste de Goiás. Com isto, serão gerados aproximadamente 500 empregos, a mesma quantidade que no ano passado foi realocada para outras fábricas ou dispensada pela empresa.
A empresa, uma das maiores indústrias de alimento do mundo e dona das marcas Perdigão e Sadia, também retomará neste mês as exportações da unidade de Mineiros (GO). Desde a Operação Carne Fraca da Polícia Federal, em março deste ano, elas estão embargadas por conta das suspeitas de irregularidades na inspeção de frigoríficos.
Nesta planta industrial em Mineiros são empregados 2,2 mil trabalhadores e feitos produtos à base de carne de frango e peru para atender o mercado interno e externo. Entre as regiões para as quais a unidade está habilitada a exportar, estão Canadá, Rússia, Japão e União Europeia.
A BRF tem acumulado prejuízos elevados nos últimos meses e perdeu R$ 24,7 bilhões em valor de mercado desde 2015, mas desde que os escândalos abalaram sua maior rival, a JBS/Friboi, suas ações valorizaram R$ 2,5 bilhões. No final de agosto o principal acionista da BRF, o empresário brasileiro Abílio Diniz, comunicou que fará uma reestruturação no comando da empresa. “A BRF tem tudo para dar um grande salto. Para tanto, precisa de renovação da sua liderança”, disse em carta ao mercado.
O empresário citou os problemas enfrentados pela Operação Carne Fraca, mas frisou que a BRF saiu fortalecida deste episódio: “Os reflexos desse novo momento já podem ser sentidos neste segundo semestre, com previsão de resultados mais favoráveis para o futuro, no qual a companhia certamente será o que nós desejamos para ela.”