O governo de Goiás decidiu vender 1,6 milhão de metros quadrados da Plataforma Multimodal de Anápolis para empresas que atuam na área de logística interessadas em investir no Estado. A informação, ao EMPREENDER EM GOIÁS, é do secretário estadual Francisco Pontes (Desenvolvimento Econômico), também empresário na cidade. “A imensa área tem potencial para se tornar […]
O governo de Goiás decidiu vender 1,6 milhão de metros quadrados da Plataforma Multimodal de Anápolis para empresas que atuam na área de logística interessadas em investir no Estado. A informação, ao EMPREENDER EM GOIÁS, é do secretário estadual Francisco Pontes (Desenvolvimento Econômico), também empresário na cidade. “A imensa área tem potencial para se tornar um Daia (Distrito Agroindustrial de Anápolis) com foco em logística”, diz. Pelo menos dois grupos econômicos já mostraram interesse pelas áreas que, segundo o secretário, teriam valor estimado de R$ 190 milhões. “Está tudo pronto, inclusive a infraestrutura, para receber empresas de logística”, frisa.
A Plataforma Multimodal está estrategicamente situada no corredor Goiânia-Brasília, pelas BRs 153 e 060, que ligam o Norte ao Sul do País e o Centro ao Oeste. Outro ponto de integração é a ligação ferroviária do Sudeste com o centro do País pela Ferrovia Centro-Atlântica e conectando-se com o Norte pela Ferrovia Norte-Sul. Com a presença do Porto-Seco de Anápolis e o futuro aeroporto de cargas, se torna um ponto estratégico para a distribuição de cargas no Brasil. Estudo da Deloitte prevê a sua capacidade anual de movimento de cargas é de quase 8 milhões de toneladas.
O aeroporto de cargas, cuja obra está quase concluída e já consumiu cerca de R$ 300 milhões do Estado, deverá ser terceirizado ou privatizado. Mas o secretário Francisco Pontes diz que isto será numa outra etapa, sem querer arriscar uma previsão de prazo.
Daia 2
Em meados deste ano empresários e a prefeitura de Anápolis solicitam ao governo que transformasse a Plataforma Multimodal na expansão do Daia, destinado suas áreas para atrair novas indústrias à cidade, já que conta com toda a infraestrutura pronta e adequada, como vias asfaltadas e redes de água e energia elétrica. O governo, que lançou o projeto da Plataforma Multimodal há 16 anos, resiste a ideia, mas atenderá parcialmente com a exigência de que as empresas que se instalarem no local têm de ser da área de logística.
Como solução ao problema de falta de área em Anápolis para instalação de novas indústrias (são quase 100 na fila de espera da Codego, companhia estatal que administra os distritos industriais do Estado), o vice-governador José Eliton anunciou na semana retrasada na Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia) que o Estado desapropriou área de 13 alqueires para a implantação da segunda etapa do Daia, que será repassada para a prefeitura. “Esperamos apenas a formalização burocrática dessa questão para dar encaminhamento”, disse.
O prefeito Roberto Naves informou que, no momento em que a documentação do Estado estiver pronta, encomendará estudo topográfico da área para que possa ser feito o projeto estrutural e licitação da infraestrutura, que devem exigir investimentos de R$ 6 milhões. “Acredito que por volta de março ou abril já vai ter área para receber novos empresários”, afirmou.