sábado, 5 de outubro de 2024
Empresários destacam vantagens financeiras e inclusão social

Empresários destacam vantagens financeiras e inclusão social

As vantagens econômicas são, em geral, os primeiros fatores que chamam a atenção de quem decide entrar para uma cooperativa de crédito. Taxas de juros mais atrativas, tarifas mais baixas e descontos em operações financeiras beneficiam diretamente o bolso do cliente e, por isso, tornam a instituição financeira convidativa. Entretanto, o relacionamento entre a cooperativa […]

16 de novembro de 2017

João Henrique: “Consigo fazer ‘cooperativismo’ com outras pessoas”

As vantagens econômicas são, em geral, os primeiros fatores que chamam a atenção de quem decide entrar para uma cooperativa de crédito. Taxas de juros mais atrativas, tarifas mais baixas e descontos em operações financeiras beneficiam diretamente o bolso do cliente e, por isso, tornam a instituição financeira convidativa. Entretanto, o relacionamento entre a cooperativa e seus associados vai além de redução de custos e, a cada nova história de cooperados, é possível descobrir outras formas de ganhos, ligadas à maior inclusão e educação financeiras.

O atleta, campeão de judô e empresário João Henrique de Melo Santos, 36, teve contato com o cooperativismo de crédito há seis anos, quando abriu sua primeira conta jurídica. Ele lembra com gratidão da sua história dentro da cooperativa e relata que teve muito apoio da instituição para iniciar seu negócio e fazê-lo crescer, numa época em que não possuía capital para investir no empreendimento. “Logo no começo, consegui ver que o intuito deles era que eu ingressasse na cooperativa para crescer aqui dentro. Essa preocupação é muito diferente de um banco”, afirma. Essa assistência financeira também inclui, claro, a redução de custos com taxas e juros, disponibilidade de dinheiro para investimento e maior rentabilidade.

Com todas as vantagens, mesmo tendo conta em outros bancos, a movimentação do atleta é concentrada apenas na cooperativa. João Henrique é dono da academia JH Sports, focada em treinamento de alto rendimento e lutas, especialmente judô. Mas é no social que ele mostra a força de seu trabalho. Por meio do projeto “Adote um Atleta”, o empresário atende 50 crianças e adolescentes carentes, de 3 a 16 anos, que fazem parte do Instituto Crescer, em Aparecida de Goiânia. Elas recebem aulas de judô, que além da prática física também trabalha o incentivo aos estudos e reforço de valores éticos e morais.

Com gastos anuais próximos de R$ 40 mil, João Henrique banca o projeto sem apoio financeiro de outros empresários. Mesmo assim, nunca deixou de investir nesse sonho. “Desde que entrei na cooperativa, eles fizeram cooperativismo comigo e eu consigo fazer ‘cooperativismo’ com outras pessoas”, compara.

Segundo o diretor-geral do Sicoob Engecred-GO, Fabrício Modesto Cesar, esse é um grande diferencial do cooperativismo: os resultados dos investimentos gerados pelas cooperativas de crédito permanecem nas próprias comunidades onde estão inseridas, promovendo o desenvolvimento local. No caso do João Henrique, a partir do momento em que ele conseguiu se estabelecer e crescer com o apoio de sua cooperativa, foi capaz de se manter firme no projeto de auxílio a crianças carentes. “No futuro, elas também terão a oportunidade de melhorar de vida e devolver, à sociedade, parte do que receberam, gerando uma corrente do bem”, analisa Fabrício Modesto.

Empresário André Luiz: “Nos bancos você é apenas mais um”

O engenheiro e empresário André Luiz Alessandri Monteiro de Castro, 59, faz parte de uma cooperativa de crédito há mais de dez anos. Para ele, a pessoalidade no atendimento dentro da instituição faz toda a diferença. “Num banco, você é apenas mais um lá dentro, não tem poder de decisão. Na cooperativa, há mais atenção, o tratamento é pessoal, você sabe com quem falar. Para mim, isso é importante”, opina.

O empresário, que é dono da Monteiro Construtora, também cita como diferencial a participação dos cooperados nas decisões e nas sobras das cooperativas (ou seja, os
resultados positivos da instituição, após o fim do ano, são distribuídos, de forma proporcional, entre os correntistas cooperados). Além disso, a partir do ano que vem, quando completará 60 anos, ele começará a desfrutar do capital acumulado durante o tempo em que esteve na cooperativa. “As retiradas vão ser um complemento de renda”

Investimento social
As cooperativas fazem parte de um modelo de negócios que se dedica ao desenvolvimento econômico, mas que prioriza as pessoas que o compõem, respeitando o sétimo princípio do cooperativismo, que é o interesse pela comunidade. Essa é uma prioridade também nas instituições de crédito e, por isso, o Sicoob Engecred-GO investe em diversas ações de responsabilidade social, a partir do Instituto Engecred-GO, com atuação principalmente na área educacional.

Um deles é o Projeto Talentos de Mãos Dadas, que trabalha com 20 crianças e adolescentes atendidos pelo Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S). O diretor-geral da cooperativa, Fabrício Modesto Cesar, explica que, por meio de uma equipe multidisciplinar, o projeto faz a identificação dos tipos de habilidades desses jovens (música, línguas, artes, matemática etc) e cria mecanismos que contribuam com o desenvolvimento e integração social deles. A família também é envolvida, para que a evolução seja global.

Os cooperados do Sicoob Engecred-GO também têm a oportunidade de apoiar a causa, a partir de contribuições pontuais ou assumindo os investimentos feitos em uma das crianças. “Pelo cooperativismo, podemos mudar e melhorar muitas coisas na sociedade. Sem dúvida, se trata de um sistema mais justo. A população precisa conhecê-lo melhor”, destaca Fabrício Modesto.

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