Com 65 anos completados em novembro, a rede Casa Goianita mantém a tradição, mas busca sempre se renovar para se manter no topo das varejistas do ramo de presentes em Goiânia. Investimentos em tecnologia, logística e ampliação das instalações, além de otimização de contratos e serviços, têm aprimorado cada vez mais a qualidade do atendimento […]
Com 65 anos completados em novembro, a rede Casa Goianita mantém a tradição, mas busca sempre se renovar para se manter no topo das varejistas do ramo de presentes em Goiânia. Investimentos em tecnologia, logística e ampliação das instalações, além de otimização de contratos e serviços, têm aprimorado cada vez mais a qualidade do atendimento e reduzido custos para uma maior competitividade das suas oito lojas.
O mais recente foi o lançamento, em outubro, do aplicativo da empresa, que permite ao cliente acompanhar o passo a passo do seu pedido, além de ter informações sobre ofertas. A preocupação com o atendimento on-line começou em 2010 quando foi lançada a loja virtual, que responde, em média, por 20% de todas as vendas mensais.
Embora seja uma empresa familiar, com estratégias e planejamentos comuns, as oito unidades da Casa Goianita têm administrações independentes e pertencem a membros diferentes de três gerações da família Alvarenga. As lojas estão distribuídas entre os filhos Cláudia (Jardim Goiás), Silvana (Avenida 85), Carlos Filho (Avenida T-4) e Lorena (Rua 4); a esposa Maria Alice (Campinas), a neta Débora (loja virtual), a irmã Regina (Avenida 85, linha institucional) e o genro Elber Godinho (Avenida T-12). O patriarca, Carlos Alberto Alvarenga, hoje com 73 anos de idade e que comandou a Goianita por décadas, continua como conselheiro administrativo.
Apesar de independentes, os administradores se unem para adquirir vantagens para suas empresas. A criação da Central de Entregas (na Avenida T-12) organizou e otimizou a distribuição das mercadorias, que agora é feita a partir de uma única firma terceirizada. Só com essa medida, as empresas Goianita reduziram os custos em 70%, segundo Cláudia Alvarenga. Por mês as lojas fazem 2 mil entregas em média.
Outro exemplo da união estratégica é na hora de fazer compras. Juntando as demandas de todas as lojas, é possível gerar maior volume de aquisições e, consequentemente, aumentar o poder de negociação da Goianita frente aos fornecedores. “Muitas lojas grandes não sobreviveram ao longo do tempo, enquanto a nossa se manteve sólida. A principal vantagem de um comércio está na compra das mercadorias. É quando você tem condições de fazer uma boa negociação, para vender a um preço justo e com qualidade”, afirma Carlos Alberto ao EMPREENDER EM GOIÁS. A sua filha Cláudia complementa:: todos esses ajustes prepararam a Casa Goianita para enfrentar a mais recente e grave crise econômica do País. “A redução de custos foi essencial.”
Carro-chefe
Quando o assunto é presente de casamento, chá de panela, bodas e diversas outras ocasiões festivas, com certeza, a Casa Goianita está entre as lojas mais lembradas em Goiânia. Por mês, a empresa recebe de 300 a 400 listas, em especial de noivas, que são o carro-chefe das vendas. A venda de artigos para presentes é o principal negócio: 60% do total movimentado pela firma. Outros 20% são de vendas de utilidades (produtos para o dia a dia) e mais 20% para a chamada linha institucional (bares, hotéis e restaurantes).
Pelos cálculos de Carlos Alberto, ao todo, cerca de 15 mil pessoas passam pelas oito unidades da empresa mensalmente. Para comportar o aumento de demanda, com qualidade no atendimento, foram investidos mais de R$ 4 milhões em reformas e instalações, desde o ano 2000, afirma o patriarca. A Goianita emprega, aproximadamente, 150 funcionários, alguns com mais de 15 anos de casa e um gerente com mais de 40 anos na empresa (a última tesoureira ficou na loja por 42 anos).
Assim como são tradicionais, os empresários da família Alvarenga também são cautelosos para falar de futuros investimentos.
Conforme Carlos Alberto, existe a intenção para a abertura de mais duas ou três lojas nos próximos anos. Ele evita dar a precisão das datas, mas afirma que, ao menos, uma deve passar a funcionar até 2019. “Temos algumas perspectivas de crescimento, mas vai depender da melhora da economia do País. Do jeito que está agora, não é possível. A crise não passou para o comércio varejista”, destaca o patriarca.
Inaugurada em fevereiro de 1952, na Rua 4 (Centro), a empresa surgiu com o nome de Armazém Alvarenga e Rezende, comercializando diversas variedades de produtos, desde tecidos, armarinhos, secos e molhados até carnes. Foi transformada em loja de presentes em 1958 com o nome de Goianita. O fundador, o mineiro Ademar Antônio Alvarenga, ficou à frente dos negócios por cerca de 35 anos, junto com os filhos Carlos Alberto e José Maria Alvarenga, que se tornaram sócios e, posteriormente, assumiram as lojas.
A partir de 1988, após a cisão da sociedade entre pai e filhos, Carlos Alberto passou a comandar sozinho a empresa e começou a sua expansão com a abertura de unidade na Avenida 85, no Setor Marista. De lá para cá foram abertas as demais lojas, hoje todas independentes mas, a pedido do seu fundador, mantiveram o nome Goianita.