Neste ano foram abertas 20.001 novas empresas em Goiás, segundo dados da Junta Comercial do Estado (Juceg), aumento de 17,3% em relação a 2016. Em média, foram constituídas 55 novas empresas por dia neste ano em Goiás. Isto demonstra claro sinal de recuperação da economia e do retorno da confiança de empreendedores em abrir um […]
Neste ano foram abertas 20.001 novas empresas em Goiás, segundo dados da Junta Comercial do Estado (Juceg), aumento de 17,3% em relação a 2016. Em média, foram constituídas 55 novas empresas por dia neste ano em Goiás. Isto demonstra claro sinal de recuperação da economia e do retorno da confiança de empreendedores em abrir um novo negócio. Detalhe: quase a metade das novas empresas foi aberta em Goiânia (36,5% do total), Aparecida (5,5%) e Anápolis (4,7%).
Das dez cidades goianas onde mais foram criados novos negócios neste ano (confira o quadro), há uma forte concentração nas Regiões Metropolitana, Entorno do Distrito Federal e Sul/Sudoeste. Juntas, representaram a criação de 12,2 mil novas empresas em 2017, 61% do total no Estado. Dois fatores explicam esta concentração: densidade demográfica (população) e geração de riqueza (PIB dos municípios). São onde se concentram maior parte da população de Goiás e onde há maior poder aquisitivo.
De cada três empresas abertas este ano, uma foi constituída por empresária no Estado. O número de mulheres à frente de novos negócios foi de 33% neste ano, contra a média de 29% registrada no ano passado.
Desburocratização
Para o presidente da Juceg, Rafael Lousa, 2017 foi um ano de superação. “Trabalhamos para melhorar e desburocratizar o ambiente de negócios em nosso Estado, com inovação e criatividade. O resultado está ai, com números satisfatórios, que foram além das metas que havíamos previsto”, afirma. Segundo ele, há um trabalho para a desburocratização do ambiente de negócios no Estado, com a virtualização de processos e a implantação de novas ferramentas digitais, como o Portal do Empreendedor Goiano e novos sistemas de atendimento e integração dos serviços públicos oferecidos pela Junta.
“Tudo isso contribuiu para que o tempo médio para constituição de uma empresa em Goiás fosse reduzido em 22 vezes”, afirma Lousa, ao explicar que, em 2016, gastava-se em média 7,5 dias para abrir uma empresa. A partir de 2017, o prazo médio caiu para menos de 6 horas, sendo que, em 60% dos casos, é possível abrir uma empresa em até 2 horas.
Apesar destes avanços e da maior geração de novos negócios, ainda há muito por se fazer em termos de competitividade em Goiás e na sua capital. Pesquisa realizada recentemente pela Endeavor Brasil, publicada pelo EMPREENDER EM GOIÁS, apontou que Goiânia ocupa a 21ª posição no ranking das 32 melhores cidades para empreender no País, repetindo o mesmo do ano passado e, para piorar, abaixo do verificado em 2015. Deficiências na infraestrutura e a burocracia são citadas como alguns dos fatores que mantêm a capital goiana distante das primeiras colocações.