sexta-feira, 8 de novembro de 2024
‘Nova’ Celg pede tempo para melhorar serviço

‘Nova’ Celg pede tempo para melhorar serviço

Um ano após a aquisição pela italiana Enel, a Celg Distribuição passa a se chamar Enel Distribuição Goiás e deve receber R$ 2 bilhões de investimentos de 2018 a 2020, conforme anunciado em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 7, em Goiânia. Em 2017, a então Celg Distribuição recebeu R$ 837 milhões de investimentos, quase o triplo […]

7 de março de 2018

Presidente da Enel Distribuição Goiás, Abel Rochinha | Foto: Alex Malheiros

Um ano após a aquisição pela italiana Enel, a Celg Distribuição passa a se chamar Enel Distribuição Goiás e deve receber R$ 2 bilhões de investimentos de 2018 a 2020, conforme anunciado em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 7, em Goiânia. Em 2017, a então Celg Distribuição recebeu R$ 837 milhões de investimentos, quase o triplo do montante aplicado no anterior: R$ 300 milhões.

Ao EMPREENDER EM GOIÁS, o presidente da empresa, Abel Rochinha, apontou as obras de expansão e o investimento em tecnologia, por meio do Projeto Telecontrole, como medidas para beneficiar o setor produtivo goiano, que sofre com a falta de qualidade do serviço.

Sistema de identificação e de isolamento remoto das falhas na rede por meio de equipamentos telecomandados e de um sistema de gestão remota, o Telecontrole possuía, até o ano passado, 400 equipamentos. De acordo com Rochinha, em 2018 serão implantados mais 1000 dispositivos e, em 2020, a quantidade total deve chegar a 5.000. “Vai levar algum tempo para termos a melhora significativa do serviço”, admitiu, ressaltando o papel do sistema para alavancar o atendimento no interior do Estado.

O sistema de Telecontrole é semelhante ao usado pela empresa italiana em países como Itália e Romênia e também já foi usado no Rio de Janeiro. Lá, segundo a Enel, a Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) foi reduzido em nove horas.

Já em Goiás, os números relativos à qualidade do serviço pioraram no ano passado. Em 2017, a média de interrupções foi de 19,22 vezes por ano, superior ao registrado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2016: 18,90.

Também em 2016, a média horas em que o serviço ficou interrompido foi de 29,55 horas. No último ano, esse número subiu para 32,29 horas. “A garantia de que a gente vai fazer a melhoria da qualidade está calcada nesses pilares: fazer o investimento e fazê-lo principalmente utilizando em tecnologia. Mas leva tempo”, pontuou.

Expansão

O presidente da Enel Distribuição Goiás citou o recém-inaugurado Sistema Ipeguari, em Santa Helena de Goiás, na Região Sudoeste, como um exemplo dos investimentos da empresa no interior: a outra ponta da estratégia para melhorar o serviço entregue aos goianos. “Tínhamos 20 MVA de potência instalado em uma subestação e construímos uma segunda com 33 MVA. Ou seja, passou a ter 53 MVA. Isso dá capacidade para atender novas empresas que vão para aquela região, que podem instalar e têm energia garantida”, detalhou.

Para este ano, a Enel Distribuição Goiás anunciou 24 obras, que englobam construções e ampliações de subestações e linhas de distribuição de alta tensão. Três novas subestações serão construídas em Mineiros, Niquelândia – que também vai receber uma linha de distribuição – e Anápolis. A linha de distribuição Luziânia-Cristalina também deve entrar em operação nos próximos meses.

O portal EMPREENDER EM GOIÁS tem como principal objetivo incentivar, apoiar e divulgar os empreendedores goianos com conteúdos, análises, pesquisas, serviços e oportunidades de negócios.

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