Tornar a Avenida Avenida Castelo no maior centro comercial de produtos do agronegócio do País é um projeto que mobiliza empresários, setor público, entidades de classe e o Sebrae Goiás. A proposta, conforme apurou o EMPREENDER EM GOIÁS, é realizar obras de infraestrutura para melhorar o trânsito e a acessibilidade, mudanças urbanísticas – jardinagem, iluminação, […]
Tornar a Avenida Avenida Castelo no maior centro comercial de produtos do agronegócio do País é um projeto que mobiliza empresários, setor público, entidades de classe e o Sebrae Goiás. A proposta, conforme apurou o EMPREENDER EM GOIÁS, é realizar obras de infraestrutura para melhorar o trânsito e a acessibilidade, mudanças urbanísticas – jardinagem, iluminação, sinalização de trânsito –, e realização de pesquisas para maior sustentação ao incremento do comércio da região, atraindo mais compradores e de investimentos do setor privado. Hoje (dia 12), às 17 horas, haverá reunião no Sincopeças com todos os segmentos envolvidos no Projeto Castelo Branco Competitiva.
De acordo com Ricardo Cantaclaro, da Câmara do Agronegócio da ACIEG, o trecho abrangido, inicialmente, está compreendido entre a Praça Walter Santos, no Setor Coimbra, e a Avenida Consolação, no Setor Esplanada do Anicuns. Posteriormente, será ampliado nos dois extremos, para transformar a avenida toda em um grande polo comercial de Goiânia. Cantaclaro explica que a Castelo Branco é um dos maiores polos econômicos de Goiânia, com clara vocação para o agronegócio. São várias as empresas que atuam no segmento, que atendem os mercados das Regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. “Queremos criar as condições para atender melhor produtores agrícolas, revendedores, clientes e distribuidores”, afirma.
Conforme Antônio Camargo Júnior, da A. Camargo, uma das mais tradicionais empresas do ramo de peças agrícolas de Goiás (no segmento desde 1965, os empresários investiram R$ 450 mil na elaboração dos projetos de urbanização da avenida e de canalização do Córrego Cascavel e implantação da Marginal Cascavel), os projetos serão doados à Prefeitura de Goiânia. O empresário informou que a Prefeitura deverá iniciar a implantação de sinalização de trânsito na avenida no próximo mês.
“A Castelo Branco, atualmente, não responde, em termos de urbanização, fluxo e sinalização de trânsito, à sua grandiosidade e importância para Goiânia. Precisa ser revitalizada, ter as ilhas padronizadas e arborizadas de forma a não comprometer a segurança de quem transita pela região. As calçadas têm de ser padronizadas. A via precisa ser mais atrativa para consumidores e comerciantes”, diz Antônio Camargo Júnior. O empresário explicou que devem ser instalados totens e arcos nas duas extremidades da área que será revitalizada, mostrando que ali é um centro de comércio do agronegócio. “Assim vamos atrair outras empresas para se instalarem na região”, afirmou.
O gestor de Projetos do Sebrae-GO, Eder José de Oliveira, conta que as discussões sobre o Castelo Branco Competitiva começaram no ano passado. No momento está sendo realizado um trabalho assertivo, para identificar a metodologia e realizar o planejamento da pesquisa que será aplicada na região. “Vamos buscar as visões de empresários e clientes, para consolidados os dados da pesquisa, elaborarmos os planos de capacitação e as consultorias”, afirmou, explicando que o trabalho será desenvolvido com foco na melhoria da gestão das empresas para gerar lucratividade.
Urbanização
Para o empresário Luiz Hohl, da Casa do Pica Pau, o objetivo do projeto é auxiliar a Prefeitura de Goiânia a encontrar soluções para os problemas que atingem a avenida onde está instalado há mais de quatro décadas. “Alguns empresários se reuniram e elaboraram sugestões em dois projetos para enviar à Prefeitura. O primeiro trata da questão de urbanização e mobilidade da avenida e o outro, da drenagem do Córrego Cascavel e continuidade da obra da Marginal Cascavel”, explicou.
Entre as sugestões, de acordo com Luiz Hohl, estão a padronização da arborização dos canteiros centrais, com a substituição das mongubas por palmeiras do tipo guariroba, fim das conversões à esquerda na avenida, com a retirada dos semáforos de três e quatro tempos, entre outras. Já os empresários cuidarão das calçadas, com implantação de estacionamento tipo escamas e melhoria das fachadas. Já o córrego e a Marginal Cascável, teriam projetos que comportem a vazão de água no período chuvoso e de fluxo de trânsito, com viadutos nos principais cruzamentos.
Uma das preocupações manifestadas pelos empresários é quanto à implantação de corredor de ônibus na avenida. Segundo Luiz Hohl, a Prefeitura não pode cometer os mesmos equívocos das Avenidas T-63 e Anhanguera, em que o comércio ficou bastante prejudicado devido à falta de áreas para estacionamento. “A Castelo Branco é diferenciada. Quem vem comprar aqui vem de caminhonete ou de caminhão. Então não pode ser proibido o estacionamento, pois não será possível fazer a carga ou a descarga das mercadorias”, salientou.
O Projeto Castelo Branco Competitiva prevê a melhoria no trânsito da avenida, para facilitar a acessibilidade de clientes e a logística dos empresários, com definição de áreas para carga e descarga de mercadorias. Busca também a implantação de iluminação pública diferenciada, paisagismo mais atraente, bem como a drenagem da região do Córrego Cascavel e a conclusão das obras da Marginal Cascavel e da Avenida Leste-Oeste, facilitando o fluxo de veículos. Paralelamente, os empresários projetarão um plano de desenvolvimento comercial, com investimentos em fachadas e ampliação dos negócios.
Se dessa vez a prefeitura ouvir os comerciantes será bom, espero que essas mudanças ajudem os motoristas que trafegam pela região que por sinal em horário de pico tá quase impossível passar por ali.