terça-feira, 10 de dezembro de 2024
MPEs terão fundo de R$ 500 milhões para tecnologia

MPEs terão fundo de R$ 500 milhões para tecnologia

A criação de um fundo de R$ 500 milhões para o incentivo ao desenvolvimento de soluções tecnológicas para micro e pequenas empresas (MPEs) do Brasil e uma maior atuação para favorecer o acesso aos mercados externo e interno e a linhas de financiamento e crédito. Estas são as principais ações desenvolvidas pela Secretaria Especial da […]

15 de março de 2018

José Ricardo Veiga: Governo vai incentivar o desenvolmento das MPEs

A criação de um fundo de R$ 500 milhões para o incentivo ao desenvolvimento de soluções tecnológicas para micro e pequenas empresas (MPEs) do Brasil e uma maior atuação para favorecer o acesso aos mercados externo e interno e a linhas de financiamento e crédito. Estas são as principais ações desenvolvidas pela Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa (Sempe), órgão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, para incentivar o desenvolvimento das MPEs no Brasil, segundo José Ricardo Veiga, titular da pasta.

Ao falar durante a 1ª Reunião Ordinária do Fórum Estadual das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Femep-GO) e do Conselho de Micro e Pequena Empresa (Compem), realizada nesta quinta-feira (15), na Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), José Ricardo relatou também medidas para qualificar a mão de obra, melhorar os processos de gestão e consolidar a rede de suporte às micro e pequenas empresas.

Um dos projetos em execução pela Sempe é a estruturação de sistemas que facilitem o acesso das MPEs às linhas de crédito e financiamento. De acordo com José Ricardo, com o apoio do Sebrae, está sendo desenvolvido trabalho de divulgação neste sentido, para que os empreendedores tenham conhecimento do que existe disponível no mercado. “Os empreendedores reclamam da falta de linhas de financiamento, mas muitas vezes o produto existe e ele não conhece”, afirmou.

Segundo o presidente do Conselho Temático de Micro e Pequena Empresa da Fieg, Jaime Canedo, o encontro é um importante mecanismo para tratar as ações desenvolvidas pelo governo federal e buscar a sua adaptação à realidade regional. Canedo também destacou a necessidade de ações visando a desburocratização e a facilitação da atuação dos empresários do setor.

José Augustinho: Falta adoção de medidas práticas

Demandas

Para o presidente da Federação das Associações de Microempresas, Empreendedor Individual e da Produção Agrícola e Pecuária do Estado de Goiás (Femicro-GO), José Augustinho Nascimento Fogliatto, falta para as MPEs a união dos empreendedores e dos órgãos de apoio para a adoção de soluções práticas.

Segundo ele, no caso das consultorias, por exemplo, é preciso que seja dada a receita para crescer e não apenas roteiros de gestão a serem seguidos. Outro ponto ressaltado por ele é o excesso de burocracia, que, na opinião dele, será superado se houver um debate profundo sobre legislação. José Ricardo anunciou que está em fase final a celebração de uma parceria com o Sebrae, para disponibilizar 200 mil cursos gratuitos abrangendo estas duas áreas, por intermédio da Política Nacional de Assistência Técnica e Gerencial.

Waldey de Paula: “O pouco crédito disponível esbarra no excesso de burocracia”

Já o presidente do Sindicato das Microempresas de Produção Agrícola de Goiás, Waldey José de Paula, defendeu medidas que facilitem o acesso das MPEs ao crédito e de ações para reduzir a burocracia. “O pequeno empreendedor vive praticamente sozinho. O pouco crédito disponível esbarra no excesso de burocracia”, disse, ao criticar também a adoção de juros pós-fixados no Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), medida em vigor a partir do início deste ano.

O presidente executivo do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Goiás (Sindipães), Luiz Gonzaga de Almeida, afirmou que um dos grandes entraves para as MPEs é o excesso de burocracia. Segundo ele, as dificuldades têm início na abertura da empresa e seguem até o desenvolvimento das atividades, como legislação complicada, tributação excessiva e exigências para licenciamento e funcionamento. Essa também é a opinião de Lucas Souza, presidente da Federação das Associações de Empreendedores e Empresários do Estado de Goiás (Faje-Goiás). Ele explicou que os empreendedores que utilizam o sistema co-working (compartilhamento de espaços) têm muita dificuldade para se regularizar, devido à falta de legislação específica e diferenciada.

Também participaram do encontro Augusto de Araújo Almeida Neto, gerente de Políticas Públicas do Sebrae-GO; Thiago Falbo, da Secretaria de Desenvolvimento do Estado de Goiás, e representantes de diversas associações e sindicatos.

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