sexta-feira, 11 de outubro de 2024
PIB de Goiás cresce quase o dobro do nacional

PIB de Goiás cresce quase o dobro do nacional

O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás, soma de todas as riquezas geradas pelo Estado, cresceu 80% mais que a média brasileira em 2017. O cálculo, realizado pelo Instituto Mauro Borges (IMB), da Secretária de Estado de Gestão e Planejamento, projeta uma alta de 1,8% no PIB goiano, diante de 1% no Brasil, conforme divulgado […]

19 de março de 2018

O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás, soma de todas as riquezas geradas pelo Estado, cresceu 80% mais que a média brasileira em 2017. O cálculo, realizado pelo Instituto Mauro Borges (IMB), da Secretária de Estado de Gestão e Planejamento, projeta uma alta de 1,8% no PIB goiano, diante de 1% no Brasil, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) no início de março. O PIB goiano somou R$ 189,9 bilhões no ano passado.

Os números mostram clara tendência de recuperação da economia goiana (e também a brasileira) a partir do segundo semestre do ano passado, depois da grave crise econômica que o País enfrentou entre 2014 e 2016. Mas, ainda assim, a velocidade desta retomada é ainda insuficiente para recuperar as perdas neste período.

A agropecuária foi, mais uma vez, a grande responsável pelo crescimento do PIB goiano. Em 2017, o setor teve alta de 21,5%, bem acima da média brasileira, que foi de 13%. Segundo o IMB, o resultado positivo do setor agropecuário pode ser explicado pelas condições climáticas favoráveis, que contribuíram para o crescimento da produção e proporcionaram ganho de produtividade em diversas culturas.

As maiores contribuições são observadas nas culturas da soja (11%), do milho (72,3%) e da cana-de-açúcar (3,5%). A pecuária também apontou desempenho positivo, tendo crescido 1,5% em 2017. O resultado foi influenciado pela produção da atividade de bovinos e de aves.

“Esse resultado positivo está ancorado nos ganhos de produtividade de algumas culturas, devido ao clima favorável que nos levou a uma produção agrícola recorde em 2017 de 22,6 milhões de toneladas, capitaneados principalmente pelos resultados positivos da soja, do milho e da cana-de-açúcar”, frisa o diretor técnico do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Edson Novaes.

Apesar de todos os problemas que enfrentou em 2017 (operações Carne Fria e Carne Fraca, delações da JBS e embargo americano), o setor pecuário se recuperou no segundo semestre, garantindo resultado positivo para o agronegócio e para toda a economia goiana. Esse desempenho foi preponderante, destaca Novaes, para a colaboração na redução nos preços dos produtos, que contribuíram para o controle da inflação, gerando excedentes exportáveis e maior geração de empregos.

Indústria
Outro dado positivo em 2017 foi a recuperação do setor industrial no quarto trimestre. A alta de 1,3% nos meses de outubro, novembro e dezembro, em comparação com o mesmo período de 2016, interrompeu uma trajetória de 11 trimestres consecutivos de queda. O destaque no quarto trimestre foi a indústria da transformação, que cresceu 8,9% em relação ao mesmo período de 2016.

O estudo do Instituto Mauro Borges também comprova que o desempenho da economia goiana foi superior ao do restante do País em nove dos últimos dez anos – a exceção foi 2015. Diante dessa análise, o IMB concluiu que a expectativa é que, em 2018, o crescimento da economia goiana seja disseminado em todas as áreas.

Os fundamentos macroeconômicos sinalizam a retomada do crescimento do consumo das famílias, favorecida pela melhora do mercado de trabalho e das condições de crédito, bem como a da retomada dos investimentos, especialmente na atividade de indústria.

Para o diretor do curso de Ciência Econômicas da Unialfa, professor e economista Aurélio Troncoso, o crescimento do PIB de Goiás em 1,8% no ano passado  comprova que a economia goiana está se recuperando mais que a dos outros Estados.

“Para se ter uma ideia, o PIB de Goiás em 2017 registrou o segundo maior crescimento do País, perdendo apenas Pernambuco, que cresceu 2%. Goiás ficou do Espírito Santo, 1,7%, São Paulo, 1,6%,  e Bahia, 0,4%”, afirmou.

O crescimento  da  indústria de transformação em 3,7% deve-se aos incentivos fiscais concedidos pelo governo do Estado , lembrou o economista.  Se o setor de serviços, que representa 60% do PIB goiano, conseguir se recuperar este ano, o PIB de Goiás vai crescer ainda mais em 2018.

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