Produtos que utilizam alta tecnologia, à base de microemulsões e nanoemulsões, chegam ao mercado neste mês de maio pela Cosmefar, uma empresa goiana que atua no ramo de pesquisa, desenvolvimento e produção de produtos destinados aos cuidados com cabelos, corpo e face. “Esta nova tecnologia vai ajudar o consumidor a obter resultados melhores com menos […]
Produtos que utilizam alta tecnologia, à base de microemulsões e nanoemulsões, chegam ao mercado neste mês de maio pela Cosmefar, uma empresa goiana que atua no ramo de pesquisa, desenvolvimento e produção de produtos destinados aos cuidados com cabelos, corpo e face. “Esta nova tecnologia vai ajudar o consumidor a obter resultados melhores com menos efeitos adversos”, afirma Guilherme Alves Ferreira, diretor de Produção da Cosmefar.
A história da Cosmefar começou no início dos anos 2000. O então estudante Guilherme Ferreira, influenciado pelos negócios da família – os pais eram proprietários da distribuidora Goiânia Médica Produtos Hospitalares – decidiu-se pela Faculdade de Farmácia. Ainda durante a graduação iniciou um curso de cosmetologia no Instituto Racine, no qual também fez pós-graduação, e acabou recebendo a indicação para estudar na unidade de Araraquara (SP), da Universidade do Estado de São Paulo, com o professor Marcos Antônio Correa, do Departamento de Fármacos e Medicamentos.
A disciplina exerceu um grande fascínio sobre Guilherme Ferreira, que decidiu cursá-lo duas vezes. “Usei o método da repetição para absorver melhor as técnicas e teorias. Deixei muita coisa da minha vida particular para estudar e hoje vejo que isto deu resultado”, afirma o empreendedor, que tem 29 anos de idade. Os estudos coincidiram com uma fase de importantes decisões familiares. Os pais decidiram vender a distribuidora de produtos hospitalares e partiram para investir na produção de cosméticos.
Enquanto Guilherme Ferreira estudava, o pai, Lino Alves Ferreira, deu início à construção da indústria. O primeiro passo foi conseguir uma área no Parque Industrial de Aparecida de Goiânia, em 2006. Em 2011 a indústria entrou em operação. “Enfrentamos um problema muito sério, pois não tínhamos formação em vendas. Sabíamos produzir, mas não sabíamos comercializar. Foram dois anos muito difíceis”, lembra-se o empresário.
Foi nesta época que o proprietário da Gláucia Cosméticos, Lorentino Felício Chaves, buscou solução para uma linha de produtos que enfrentava problemas de fabricação. O erro foi detectado e corrigido a partir das análises feitas por Guilherme Ferreira. Esta foi a senha para o início de uma parceria que alavancou a Cosmefar. “A partir desse momento, o nosso faturamento triplicou. Passamos a ter giro de mercadoria e capital para comprar em melhores condições e aumentar a nossa participação no mercado”, afirma.
Alta tecnologia
A Cosmefar passou a ser procurada para resolver problemas de outras empresas. Hoje, trabalha com 30 marcas e desenvolvimento de 490 produtos diferentes, com capacidade produtiva mensal de 144 toneladas para públicos de todas as classes sociais. Atualmente, oferece 23 empregos diretos e gera outros 20 indiretos. Atua na análise, pesquisa de mercado e planejamento de marketing, desenvolvimento de produtos, regularização nos órgãos oficiais e fabricação.
O foco da Cosmefar agora é produzir com alta tecnologia e de forma pioneira. A empresa já desenvolveu 20 insumos nanotecnológicos para serem aplicados em produtos cosméticos, destinados aos cuidados com cabelo, corpo e face. Três insumos já foram adicionados em produtos fabricados pela empresa, com a utilização de processos industriais que não geram resíduos, nem problemas para o meio ambiente e o ser humano.
“Não estamos inventando a roda, estamos inovando com a utilização de tecnologia de ponta”, explica Nichollas Serafim Camargo, diretor de Desenvolvimento da empresa, outro jovem estudioso, que aos 22 anos de idade prepara-se para cursar a segunda fase de doutorado na área de Nanobiotecnologia e Síntese Química, na Polônia.
Novos produtos
As três linhas de produtos – Nano Matrix, para uso capilar; Nano Acids, para uso facial, e Nano Lift, de uso corporal – passarão a ser comercializadas ainda em maio. Os produtos utilizam conceitos de sustentabilidade, com a utilização de matéria-prima oriunda da biodiversidade brasileira, como manteigas de cupuaçu e karité, cera de carnaúba e óleos de açaí e copaíba. De acordo com Guilherme Ferreira, a nanotecnologia propicia liberação controlada e prolongada do produto após ser utilizado, por possuir sistema homogêneo, proporcionando absorção mais efetiva com resultados melhores.
A meta é posicionar a Cosmefar – através a Nanoceuticals, braço da empresa que utiliza a nanotecnologia – na base tecnológica de Goiás. “Estamos amadurecendo a gestão do nosso negócio para sermos uma empresa modelo no segmento de alta tecnologia em cosméticos”, afirma Guilherme Ferreira. Segundo ele, a tendência é oferecer um trabalho ainda mais profissional aos clientes, com a realização de estudo mercadológico para promover o desenvolvimento sustentável. “Além da fabricação, vamos oferecer inteligência de mercado e alta tecnologia. Quem não se diferenciar não seguirá no mercado”, explica.
De tantos comentários tristes em nosso País ficamos felizes de história de vida de luta e de sucesso parabéns a Cosmefar e ao Diretor de produção Guilherme que este sucesso seja eterno