Com 200 milhões de litros, além de 120 milhões litros de espumante, movimentando mais de R$ 9 bilhões por ano, a vitivinicultura brasileira comemora no dia 3 de junho (domingo) o Dia do Vinho. O Brasil é hoje o 6º maior produtor de vinhos no Hemisfério Sul e o 14º do mundo. São mais de […]
Com 200 milhões de litros, além de 120 milhões litros de espumante, movimentando mais de R$ 9 bilhões por ano, a vitivinicultura brasileira comemora no dia 3 de junho (domingo) o Dia do Vinho. O Brasil é hoje o 6º maior produtor de vinhos no Hemisfério Sul e o 14º do mundo. São mais de 1,1 mil vinícolas espalhadas pelo país, a maioria instalada em pequenas propriedades, média de dois hectares de vinhedos por família. Cada região do país desenvolveu uma especialidade, imprimindo nos rótulos a cultura e tipicidade de cada localidade.
Nestas estatísticas está a Vinícola Goiás, fundada por Danilo Razia e sua esposa Vanilda Padilha Razia, que saíram de Bento Gonçalves (Rio Grande do Sul) e fizeram um pit stop em Água Boa (Mato Grosso) para chegar com toda a família ao município goiano de Itaberaí, em meados de 1998. O propósito era um só: transformar a paisagem do cerrado em produtivos vinhedos.
Com muito esforço, alcançou o objetivo nestes 20 anos de atividades. A Vinícola Goiás, localizada em uma altitude de 830 metros, produz anualmente 12 mil litros de vinhos em quatro rótulos: Bordô Seco e Bordô Suave (uva terroir) e o recém-lançado Rosé da niágara rosa, todos com a marca Dell Nonno, além do vinho branco da uva niágara branca, com a marca Flor de Pequi. A partir de agosto, eles também serão comercializados em empórios, restaurantes, hotéis e resorts localizados em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Brasília.
“Vão seguir o mesmo caminho dos 80 mil litros de suco de uva integral produzidos por ano pela Vinícola Goiás, que é pioneira na fabricação de suco de uva integral no Estado”, lembra Anir Razia, filho de Danilo e Vanilda. Os vinhos, suco, polpa e geléia são também comercializados na vinícola, que se transformou num pedaço das colônias italianas em pleno Centro-Oeste.
O espaço recebe de 80 a 120 pessoas por fim de semana. Quem visita o local conhece o vinhedo e o espaço de processamento da uva, além de poder degustar os vinhos no espaço gourmet. De junho a agosto, as uvas estão no período de maturação, quando as frutas são colhidas e processadas para elaboração dos produtos.
Apoio
“As pequenas vinícolas vêm contribuindo para a melhor performance do vinho no cenário nacional, à medida que investem em tecnologias de gestão, de produção e comercialização da bebida com diferenciais regionais”, disse a diretora técnica do Sebrae, Heloisa Menezes. O consumo interno, porém, precisa ser estimulado para que a produção brasileira possa crescer e fazer frente à forte concorrência dos importados, destacou.
O Sebrae e o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) desenvolveram uma parceria com o objetivo de fomentar toda a cadeia do vinho no Brasil e, assim, aumentar a comercialização do vinho brasileiro no mercado interno junto aos pequenos negócios de alimentação fora do lar. As ações dessa parceria visam estimular a melhoria de produtos e processos produtivos por meio da consolidação do Programa Alimentos Seguros – PAS Uva para processamento, uma ferramenta para prevenção de riscos fitossanitários.
Há mais de duas décadas, o Sebrae apoia a cadeia vitivinícola focando no desenvolvimento de ações que fomentam a formalização e legalização das pequenas vinícolas, a capacitação dos produtores em processos de qualidade e gestão do empreendimento e do produto, além da comercialização dos vinhos do Brasil para o consumidor final.