Nascida de uma ‘vaquinha’ entre irmãos que se mudaram do interior de Goiás para a capital em busca de uma vida melhor, a Papelaria Tributária deve lançar sua primeira loja virtual até agosto, quando completa 34 anos. “Queremos aumentar as vendas em no mínimo 30%. Com o e-commerce, vamos ter lojas em todo o […]
Nascida de uma ‘vaquinha’ entre irmãos que se mudaram do interior de Goiás para a capital em busca de uma vida melhor, a Papelaria Tributária deve lançar sua primeira loja virtual até agosto, quando completa 34 anos. “Queremos aumentar as vendas em no mínimo 30%. Com o e-commerce, vamos ter lojas em todo o mundo”, ressalta Enio Martins Fonseca, um dos diretores da empresa que recebeu o EMPREENDER EM GOIÁS na loja da Avenida 85, em Goiânia.
O lançamento do comércio virtual deve ajudar a definir se a empresa chegará a outras cidades de Goiás e em Brasília com lojas físicas. “Talvez não seja necessário abrir”, pontua Enio, informando que do Centro de Distribuição construído há cinco anos na Avenida Perimetral saem mercadorias para cidades como Mineiros, Rio Verde e até para Brasília, por meio do teleatendimento. O espaço tem 18 mil m² e se soma às sete lojas em Goiânia e uma em Anápolis que empregam 190 funcionários, diretamente.
Com a crise, a Papelaria Tributária passou por uma reengenharia, que realocou colaboradores e otimizou o trabalho no dia a dia. “Conseguimos com muito trabalho implantar a estrutura que nós temos. Pagamos aluguel, mas para nós mesmos”, frisa, referindo-se à holding TBT Participações, que cuida da papelaria e dos imóveis da empresa.
Hoje, a Papelaria Tributária investe em um sistema de armazenamento de dados na nuvem, o que deve gerar economia com o uso hardwares. Também projeta a adaptação dos imóveis que fazem parte de seu portfólio, como o da Rua 7, no Centro, que deve ganhar finalidade social.
A papelaria comercializa 5 mil itens e atende todos os mercados. “Trabalhamos com licitações federal, estadual e municipal, órgãos públicos, consumidor final, mas nosso maior volume é o corporativo, as empresas privadas”, enumera.
Nas mais de três décadas de atuação, os irmãos Martins Fonseca pautaram seu empreendimento pelo trabalho e pelo pé no chão. “Nós trabalhamos e Deus nos abençoou. Todo mundo começou de baixo. Reinvestimos no nosso próprio negócio”, explica, referindo-se à trajetória da família, natural do Povoado de Rancho Alegre, vizinho a Morrinhos, no Sul do Estado.
Mudança
No final dos anos 1960, incentivados por um tio, pai, mãe e sete filhos resolvem se mudar para Goiânia em busca de uma vida melhor. Na capital, alugaram um barracão na Vila Nova, região Leste da cidade. Logo na chegada, um problema: a farta prole assustou o locatário que desfez o negócio ao ver a numerosa família. “Ele disse: ‘menino aqui não pode’. Por sorte, tinha um barracão na mesma rua que aceitava crianças”, recorda Enio.
Os próximos anos foram de luta. Enio e os irmãos fazem de tudo um pouco para sobreviver. “Começava a batalha para viver aqui em Goiânia. Trabalhava na rua vendendo paçoquinha, catando e vendendo papel para ajudar na despesa de casa porque eram muitas bocas para comer”, diz ele, filho de um pedreiro e de uma dona de casa. “Vendi jornal, engraxei na Goiás”, lembra.
Em 1984, eles decidiram montar uma papelaria para ajudar um dos irmãos, Cézar Alfredo Martins, já falecido, que havia perdido o emprego após a falência do jornal em que era revisor. Um dos irmãos, Valtenis Martins Fonseca, já atuava no segmento – acabara de ser promovido de office boy a vendedor. “Ele já tinha experiência, já conhecia o ramo.”
‘Vaquinha’
Nascia a Papelaria Tributária em um espaço de 30 m² na Rua 6, no Centro. Além de Cézar e Valtenis, Sílvio, o caçula, também se integra ao dia a dia do negócio. Nos próximos anos, Enio, Rubens, já falecido, e Juarez passam a participar ativamente da administração da empresa.
Para abrir a papelaria e fazê-la funcionar, os irmãos se unem em uma verdadeira “vaquinha”. Enio, por exemplo, foi o avalista do aluguel do imóvel usando seu FGTS. “Nosso capital era muito pequeno, um tinha uma moto velha e trocou, o outro tinha um Chevette velho e vendeu. O irmão mais velho, o Juarez, comprou um telefone a prestação na Telegoiás. Fizemos uma vaquinha para começar o negócio”, descreve.
Os primeiros anos do negócio foram de criatividade para driblar a falta de capital. “Os clientes ligavam e perguntavam se a gente tinha um item. A gente falava que sim, e que ia buscar no nosso depósito. O depósito era o concorrente”, recorda, aos risos.
Crescimento
Em1986, Enio também começa a trabalhar na Tributária. Ele havia saído do trabalho na companhia de petróleo Ipiranga para se candidatar a deputado. Sem êxito nas urnas, ele se viu desempregado depois do pleito. Na papelaria, busca clientes no comércio e cadastra a empresa como fornecedora para órgãos públicos.
Em 1987, com o dever cumprido e com a ajuda de muitas pessoas, eles conseguem capitalizar o negócio, comprar produtos e adquirir a primeira sede própria, na Rua 7. “Devagarzinho fomos ampliando o nosso negócio. Por vários anos, só tirávamos o necessário para sobreviver. Nunca fizemos ostentação. Sempre reinvestimos dentro do próprio negócio”, explica.
Parabéns ao irmãos Martins Fonseca pela união e a rica parceria dotadas de dedicação e sabedoria, que Deus sempre vós cubram de Vitórias, vocês são êxito exemplar Famíliar e de Empreededorismo.
Me sinto lisonjeada em atuar também com respeito e profissionalismo junto ao grupo proprietários da maior rede de Papelarias de Goiás.
Parabéns Ênio & irmãos, vocês são campeões!…
Que o Deus Altíssimo continue abençoando a todos com prosperidade, união, saúde, paz e alegrias!…
Comprei durante muito tempo naquela pequenina papelaria na Rua 6 centro. Cuidava de uma pequena empresa do ramo de projetos, administração de construções e urbanismo no Setor Sul.
Descia a pé para comprar os produtos de escritório deles. Era um tempo muito bom. Segurança ainda tinha na Capital. Parabéns a eles pela dedicação e resiliência.