Há 40 anos, os cheiros e sabores da comida nordestina frequentam as mesas do Bar do Piry, no Jardim América, em Goiânia. Aberto em 1978 pelos irmãos Francisco e Luis Mendes, o bar que tem nome inspirado na cidade natal deles (Piripiri, do Piauí), é um dos pioneiros da gastronomia nordestina na capital goiana e […]
Há 40 anos, os cheiros e sabores da comida nordestina frequentam as mesas do Bar do Piry, no Jardim América, em Goiânia. Aberto em 1978 pelos irmãos Francisco e Luis Mendes, o bar que tem nome inspirado na cidade natal deles (Piripiri, do Piauí), é um dos pioneiros da gastronomia nordestina na capital goiana e está mudando seu perfil para se tornar também um restaurante de pratos executivos.
Antes aberto a partir das 17 horas até o último cliente (que não raro virava a noite), o Bar do Piry entra em nova fase, iniciando seu atendimento às 11 horas nas sextas-feiras para servir os pratos executivos e encerrar os trabalhos no início da madrugada. “Estamos acompanhando a mudança de hábitos dos consumidores, mas conservando nossa linha de ser um bar tradicional de comida nordestina”, diz Danillo Ramos Mendes, filho do fundador Francisco Ramos.
Economista formado na UnB, Danillo assumiu a gestão do negócio familiar em 2010. Foi o marco do início das mudanças que ele vem implementando desde então, mudanças que vão do horário ao incremento no cardápio, passando por eventos na casa, com destaque para as tardes com shows de forró pé de serra aos sábados e em datas especiais.
Cardápio
Antes restrito aos caldos, em especial o mocotó, rabada e chambaril, como eles chamam o ossobuco, o caldo feito da canela do boi, agora o cardápio se estende por 53 itens. Tem de tudo, a maioria pratos típicos do nordeste ou temperados com um toque das especiarias nordestinas.
“Minha ideia agora é trazer carne de bode, mas ainda não achei o fornecedor ideal”, diz o jovem gerente que já incluiu no cardápio do bar e restaurante os tradicionais baião de dois, língua acebolada e moqueca de peixe. Para tocar o empreendimento que serve cerca de 300 pratos por dia, a casa conta com 26 funcionários diretos.
No quesito bebidas, além das cervejas e destilados comuns ao paladar nacional, Danillo também não deixa de lançar mão da cajuína, o suco clarificado de caju não-alcóolico de caju, típico do Piauí, que foi elevado à condição de patrimônio cultural brasileiro em 2014 pelo Iphan. No Piry Bar e Restaurante, a cajuína transforma-se num drink especial da casa.
Desafios
A chegada do filho do dono como gestor coincidiu com a queda do movimento na casa, que ele trata como uma “crise dos 20 anos”. O tio, já dono de uma papelaria, não dava mais expediente diário no bar como antes, e o pai também passou uma temporada fora cuidando da saúde. Danillo Mendes aproveitou para implementar as mudanças que desejava, não sem aparar rusgas com o pai cioso da história que criara no bar.
A proposta de ampliar o bar também para se tornar um restaurante segue em curso. Danillo Mendes contou com ajuda do Sebrae para incrementar as novas ideias de gestão. Uma das etapas desse trabalho culminou na entrada do bar no roteiro do festival Comida di Buteco, em 2014, e seguiu integrando as novas edições. Atualização da fachada e remodelamento da marca também fizeram parte do reposicionamento da casa.
“Atuar no ramo de bar e restaurante não é uma tarefa fácil. Mas tenho plena consciência da história que meu pai e meu tio construíram aqui e tem sido gratificante continuar essa história”, conclui Danillo, que também gosta de se enveredar pela cozinha, preparando ou supervisionando os pratos que atraem um público fiel à esquina já famosa do Setor Jardim América.
Tenho história nesse recanto tbm!!rsrs Parabéns ao Chico e a todos os envolvidos!!
Esqueci de dizer que são 30 anos de Bar do Piry…rsrsrs