O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta quinta-feira, 5, um novo programa para desenvolvimento de startups. Chamado BNDES Garagem, a iniciativa prevê a oferta de serviços para as empresas nascentes em um mesmo espaço físico, como apoio para registro de empresas, contabilidade, marketing, tecnologia e a presença de escritórios de fundos […]
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta quinta-feira, 5, um novo programa para desenvolvimento de startups. Chamado BNDES Garagem, a iniciativa prevê a oferta de serviços para as empresas nascentes em um mesmo espaço físico, como apoio para registro de empresas, contabilidade, marketing, tecnologia e a presença de escritórios de fundos de financiamento.
Nesta sexta-feira, 6, o banco lançará um edital para contratar uma aceleradora de startup que atuará no programa, que terá orçamento de R$ 10 milhões na primeira fase. Terão prioridades empresas que atuem em áreas como educação, saúde e segurança. Para participar do certame, as empresas interessadas devem encaminhar propostas ao BNDES até o dia 31 deste mês.
Depois dessa fase, a aceleradora selecionará, em novembro, 60 startups inovadoras. Em setembro do ano que vem, mais 60 startups serão selecionadas. Na seleção, a prioridade será para aquelas que apresentarem soluções relacionadas ao planejamento estratégico do BNDES: educação, saúde, segurança, soluções financeiras, economia criativa, meio ambiente e internet das coisas (é a tecnologia de conectividade e troca de informações entre máquinas e equipamentos), aplicada a cidades inteligentes, ao meio rural e à indústria.
Novo foco
De acordo com o presidente do banco, Dyogo Oliveira, o programa faz parte da mudança de foco do BNDES desde o início do governo Michel Temer, de grande para pequenas empresas. Segundo o presidente, até maio, 50,7% dos desembolsos do banco foram para micro, pequenas e médias empresas, cerca de R$ 11 bilhões. “Foi a primeira vez que a maior parte dos desembolsos do banco foi para pequenas e médias empresas”, afirmou. No ano passado, o total destinado a essas companhias foi de 40%, ante uma média histórica de 30%.
Dyogo disse que o BNDES não tinha nenhum produto específico para empresas nascentes e que o BNDES Garagem vem para completar o portfólio da instituição. “Nossa expectativa é que com esse serviço tenhamos a criação de novas empresas inovadoras que vão se destacar no cenário nacional”, afirmou.
A ideia é que, ao longo do desenvolvimento das empresas, elas possam acessar fundos já existentes com recursos do BNDES. Segundo Dyogo, o banco tem participação em 37 fundos de venture capital e private equity com capital total de R$ 16 bilhões, sendo R$ 3 bilhões do BNDES. “O papel do BNDES é trazer todos os agentes interessados para o mesmo espaço”, acrescentou.