As vendas de imóveis cresceram 46% no primeiro semestre deste ano em Goiás (3.753 unidades), quando comparadas com o mesmo período em 2017 (2.568), enquanto no País, a média de crescimento foi de 17%. A informação é da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), com base na pesquisa realizada em Goiânia e […]
As vendas de imóveis cresceram 46% no primeiro semestre deste ano em Goiás (3.753 unidades), quando comparadas com o mesmo período em 2017 (2.568), enquanto no País, a média de crescimento foi de 17%. A informação é da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), com base na pesquisa realizada em Goiânia e Aparecida de Goiânia pela Bureau de Inteligência Corporativa (Brain .
Para o presidente da Ademi-GO, Roberto Elias, os números apontam uma perspectiva cada vez mais otimista do setor. “Os dados indicam que 2018 deve continuar sendo um excelente ano para a venda de imóveis, tendo em vista que 2017 já havia apresentado uma boa recuperação em relação a 2016. Além disso, os juros de financiamento imobiliário estão baixos, o que facilita a compra de imóveis”, explica.
Embora as vendas de imóveis tenham registrado aumento, o mesmo não aconteceu com o número de unidades lançadas. De acordo com a pesquisa, houve uma queda de 2%, caindo de 1.395 para 1.361 unidades, quando comparados os primeiros seis meses de 2017 e 2018. Mesmo assim, os 10 empreendimentos lançados totalizaram R$ 775 milhões de VGV (Valor Global de Vendas), enquanto no primeiro semestre 2017 os lançamentos corresponderam a R$ 598 milhões.
O estoque de unidades disponíveis para vendas vem diminuindo. Em junho de 2017, 10.701 unidades estavam disponíveis para venda, enquanto até junho de 2018, apenas 8.741 unidades estavam disponíveis, o que representa uma queda de 18% no estoque. Para o vice-presidente da Ademi-GO, Fernando Razuk, essa queda deve apresentar reflexos nos próximos meses. “Com a baixa oferta de imóveis e com as vendas aquecidas em meio a uma alta demanda, acreditamos que os imóveis devem voltar a se valorizar nos próximos meses”, afirma.
O V.S.O (Vendas Sobre Oferta), indicador que traduz o aquecimento do mercado a partir do cálculo da velocidade de venda dos imóveis tem se mantido acima dos 6%. Em 2017, esse índice girou em torno de 4%. Os distratos, por sua vez, continuam prejudicando as operações das incorporadoras. Em apenas um semestre, foram 1.111 compromissos de compra e venda distratados, crescimento de 18% em relação ao mesmo período de 2017, quando foram realizados 945 distratos.
Ainda assim, as perspectivas para o mercado imobiliário em Goiás são positivas. De acordo com Razuk, o consumidor está recuperando sua confiança na economia. “O imóvel voltou a ser uma excelente alternativa de investimento seguro, já que as aplicações financeiras de baixo risco têm rendido pouco e ativos financeiros de risco estão muito volúveis em função do momento político”, afirma.