Uma conjunção de fatores levou o mercado de câmbio a um movimento significativo de desmontagem de posições em dólar nesta sexta-feira (31/08). O cenário externo menos avesso ao risco somou-se a uma perspectiva mais otimista em relação ao cenário eleitoral doméstico, o que se traduziu em queda de 2,15% do dólar à vista, que terminou […]
Uma conjunção de fatores levou o mercado de câmbio a um movimento significativo de desmontagem de posições em dólar nesta sexta-feira (31/08). O cenário externo menos avesso ao risco somou-se a uma perspectiva mais otimista em relação ao cenário eleitoral doméstico, o que se traduziu em queda de 2,15% do dólar à vista, que terminou o dia cotado a R$ 4,0646.
Apesar da queda de 1% no acumulado da semana, o dólar à vista encerrou o mês de agosto com valorização de 8,23% ante o real, maior variação mensal desde setembro de 2015. A alta foi justificada pelo aumento das incertezas quanto ao cenário eleitoral doméstico, em meio aos ruídos nas relações comerciais dos Estados Unidos e as crises cambiais na Turquia e na Argentina. Antes que o dólar atingisse seu maior valor nominal desde o Plano Real, na quinta-feira (30/08), o Banco Central voltou a ofertar contratos de swap cambial, o que contribuiu para a queda da moeda nas duas últimas sessões.
Bovespa
Os investidores mostraram nível de aversão ao risco menor em relação à renda variável na sessão desta sexta-feira (31/08), mesmo com os principais índices do mercado acionário dos Estados Unidos em leve queda e a continuidade da crise da Argentina, país para o qual foi declarado formalmente total apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI). O movimento de enfraquecimento do dólar frente ao real também contribuiu para acalmar os agentes que deram preferência às compras.
O Ibovespa fechou o último pregão de agosto em leve alta de 0,36%, aos 76.677,53 pontos. Com isso, o principal índice da Bolsa brasileira conseguiu encerrar a semana com ganhos acumulados de 0,54%. No entanto, não foi possível reverter a queda de pouco mais de 3% no mês que iniciou aos 79.301,65 pontos. O giro financeiro no pregão de hoje foi mais forte e chegou a R$ 11,3 bilhões.
Entre as blue chips, a Petrobras ganhou 1,85% (ON) e 2,45% (PN). No bloco financeiro, Itaú Unibanco PN liderou os avanços com 1,37%, seguido por Bradesco PN, 1,36%, Units do Santander, 1,02%, e Banco do Brasil ON, 0,57%. Na contramão, Vale ON fechou com perdas de 1,74%.