Movido pelo inconsciente – ou pela dor, ou pelo desejo – o cliente precisa ter suas emoções compreendidas pelo empreendedor que deseja alavancar suas vendas. É o que defende a diretora da Rede Mulher Empreendedora (RME), Marcela Quiroga, ao EMPREENDER EM GOIÁS, em passagem pela capital para participar da primeira edição do Café com Empreendedoras […]
Movido pelo inconsciente – ou pela dor, ou pelo desejo – o cliente precisa ter suas emoções compreendidas pelo empreendedor que deseja alavancar suas vendas. É o que defende a diretora da Rede Mulher Empreendedora (RME), Marcela Quiroga, ao EMPREENDER EM GOIÁS, em passagem pela capital para participar da primeira edição do Café com Empreendedoras de Goiânia.
De acordo com ela, a decisão de compra emocional faz diferença. “Nem tudo é racional, nem tudo a gente vende só por necessidade. Olhar o consumidor, seu comportamento e por que ele compra é importante”, ensinou ela, em conversa com empreendedoras do segmento de gastronomia. O encontro realizado na Fecomércio é organizado pela RME em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) – Goiás.
A comunicação pode ser uma aliada na hora de capturar esse sentimento do cliente e transformá-lo em um motor para as vendas. “Como essa empreendedora se posiciona em seu site ou Facebook? Às vezes, ela conta a história da empresa, seus anos de mercado e sua solidez. Mas o emocional do cliente, como ela captura?”, questiona, citando pesquisa da RME em que 56% das participantes apontaram que saber vender como a maior dificuldade para o crescimento dos negócios.
A forte dedicação à operação do empreendimento é apontada pela especialista como um dos entraves para a atenção às vendas. “Ela sabe fazer o que se propõe, mas e depois? E vender?”, pergunta Marcela, que além da formação em Comunicação Social com ênfase em Marketing acumula três décadas de experiência na área de vendas, com passagem pela Natura em três estados do Brasil.
Embaixadora da Rede em Goiânia, a empresária Valéria Ruiz, avalia o encontro como uma oportunidade para estreitar laços entre as empreendedoras. “É um momento de aprender muito, de networking que é fundamental para quem está empreendendo”, destaca.
Redes sociais
Outro desafio para as empreendedoras divulgarem o próprio trabalho e atrair clientes é a utilização estratégica das redes sociais. “Há um planejamento de como você quer ser visto, um objetivo claro para a presença digital”, frisa Marcela Quiroga.
Também palestrante do evento, a CEO da Amy Academy Ludimila Estulano concorda. Ela apresentou dicas práticas sobre como obter uma presença on-line significativa. “Quem se posiciona digitalmente já sai a frente dos demais”, prevê ela, que foca os ensinamentos no Instagram, a ferramenta do momento.
Sem se identificar com as propostas do marketing tradicional, Ludimila buscou por conta própria melhorar a maneira de se comunicar com o público de seu negócio. “A ‘dor’ que eu tinha virou um produto. Hoje, presto consultoria para posicionamento e me apaixonei pelo marketing digital”, comenta.
A ênfase é a criação de uma marca pessoal forte. “Os perfis pessoais estão se profissionalizando e os corporativos se humanizando. A gente precisa dar uma cara [à presença digital]. Pessoas se conectam com pessoas”, ensina.
RME
A Rede Mulher Empreendedora (RME) é a primeira plataforma de apoio ao empreendedorismo feminino do Brasil, que tem como propósito empoderar economicamente as mulheres, garantindo independência financeira e poder de decisão. A RME, como é conhecida, oferece, para as mais de 300 mil empreendedoras cadastradas, site com conteúdo relevante e de qualidade, dicas e notícias; promove eventos de networking, cursos, mentorias, além de parcerias com empresas que acreditam na causa do empreendedorismo feminino.
Segundo levantamento mundial Global Entrepreneurship Monitor 2017, que no Brasil é realizado em parceria com o Sebrae, mais de metade dos novos negócios abertos depois de 2016 foram por mulheres. A estimativa hoje é de que 8,3 milhões de mulheres empreendedoras no País movimentam aproximadamente R$ 288 bilhões em renda própria por ano.