Primeira escola de cursos livres de empreendedorismo em Goiânia, a Sempreende completa um ano de vida neste mês de setembro mirando a expansão com oferta de cursos online e formações presenciais nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, além da criação de um canal no YouTube. “Somos uma escola para pessoas que querem fazer diferente, […]
Primeira escola de cursos livres de empreendedorismo em Goiânia, a Sempreende completa um ano de vida neste mês de setembro mirando a expansão com oferta de cursos online e formações presenciais nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, além da criação de um canal no YouTube. “Somos uma escola para pessoas que querem fazer diferente, mudar a realidade e estão dispostas a inovar”, explica ao EMPREENDER EM GOIÁS a sócia Luciana Padovez, que fundou a instituição ao lado de Altair Camargo.
Eles se conheceram em 2014, no mestrado em Administração da Universidade Federal de Goiás (UFG). Hoje doutorandos – ela pela Universidade de Brasília (UnB) e ele pela Universidade de São Paulo (USP) – a dupla considera que a vivência na academia foi fundamental para a criação de um negócio inédito na cidade.
As formações também primam pela aplicação prática dos conteúdos apreendidos e na relação próxima entre alunos e professores. “Nossa ideia foi fazer algumas trilhas de aprendizagem para quem está abrindo uma empresa, precisa melhorar esse empreendimento ou quer se desenvolver como indivíduo”, detalha Luciana.
Em um ano, 672 pessoas participaram dos cursos – a maioria mulheres e profissionais liberais. Os cursos abordam temáticas que vão desde criatividade a gestão financeira passando por marketing em mídias sociais.
Início
Tudo começou a partir da produção de conteúdo para o Instagram, o @sempreende, em junho do ano passado. “Começamos com nada”, recorda Altair. “Ensinamos a pessoa a começar com o mínimo e foi o que a gente fez”, diz Luciana.
Com a repercussão das postagens e aumento rápido do número de seguidores, os sócios entenderam as demandas do público goianiense e iniciaram a captação da primeira turma. Ministrada em uma sala emprestada, a formação realizada em setembro passado marcou a abertura oficial da escola. O interesse do público animou a dupla, que em seguida investiu R$ 30 mil no escritório no Setor Bueno, onde a Sempreende funciona hoje.
Após os primeiros cursos, Luciana e Altair partiram para um processo de escuta dos possíveis alunos. Entrevistas e grupos focais ajudaram a nortear o trabalho da empresa, que ministra cursos de curta duração – com entre 4 e 12 horas – que aliam teoria, prática e intensa aproximação entre alunos e professores. As turmas reduzidas, de no máximo 15 alunos, facilitam a interação. “Tudo que a gente faz é testado”, ressalta Luciana.
Hoje a grade engloba 10 cursos e a escola também trabalha com professores convidados que têm “a mesma pegada” dos criadores – formação acadêmica sólida e proximidade com os alunos. “A gente faz todo o processo de curadoria e produzimos todo o material usado em sala de aula”, informa Luciana.
Expansão
Com um ano, a Sempreende já chegou a Palmas, no Tocantins, onde ministrou cursos neste mês, tem outras formações agendadas e deve apostar no mercado do Norte e do Nordeste brasileiro. “Estamos pesquisando outras cidades, sempre em caráter de teste. A ideia é ir fazendo os cursos em um lugar fixo até ver se dá para abrir uma unidade própria lá”, adianta. “Muita gente vê o Instagram e vem para Goiânia para fazer curso”, comenta Altair.
Os sócios querem expandir a presença online. Um canal no YouTube que está em fase de testes e deve entrar no ar em breve. “Nossa ideia é impactar o maior número de pessoas possível com conteúdo, mesmo que gratuito”, frisa ela.
Luciana e Altair ainda estudam o melhor modelo para a criação de cursos online que consiga manter o dinamismo das formações ministradas presencialmente e a proximidade com professores. “É um desafio, pois um curso online é diferente do presencial. Tem que pensar em material, assunto, o que funciona e o que não funciona”, lembra Altair, citando que o Instagram segue como aliado da empresa. “O teste começou com as lives (transmissões ao vivo) que a gente não fazia e começou a fazer para perceber a interação, o ritmo de fala”, exemplifica.
Teoria e prática
Antes da Sempreende, Luciana chegou a abrir um negócio na área de alimentação, mas resolveu perseguir o sonho de infância: se tornar professora. Para isso, em 2014, ingressou no mestrado em Administração da UFG, na linha de pesquisa em Empreendedorismo e Inovação. No curso, ela e Altair se conheceram e foram convidados para criar primeiro curso de extensão em empreendedorismo da universidade.
O desafio foi aceito e a ideia saiu do papel em 2015 como o UFG Empreende, que conta hoje com a coordenação pedagógica da dupla e é oferecido semestralmente. “Quisemos fazer algo diferente do que já tinha. Pesquisamos muito as metodologias ativas, os conteúdos mais modernos de design thinking, criatividade, startup, tudo que já estava muito alta fora do Brasil, em algumas cidades, mas que aqui em Goiânia não havia sido falado ainda”, recorda Luciana.
A trajetória acadêmica e atuação aliando teoria e prática atraiu os olhos do mercado de inovação goiano. “Começamos a ser chamados para ministrar cursos em incubadoras de universidades”, relembra. Ela salienta que o aprofundamento teórico trouxe resultados que se traduzem nas formações oferecidas hoje pela Sempreende. “Ficou muito claro, inclusive, que o empreendedorismo estava carente de uma teoria forte, validada, e que a teoria ajuda a prática a ser melhor”, pondera.
A Sempreende arrasa! Adorei todos os curso que fiz e pretendo fazer mais. A página do insta também é uma fonte rica de dicas valiosas pra nós empreendedores!
Eles têm muitos diferenciais, um deles é sempre o embasamento teórico, fontes de dados e informações que nos orientam muito na tomada de decisões!
Parabéns e sucesso sempre!
e em 2021 faliu com a pandemia. Uma empresa que ensinava a empreender e vender deixou de existir por não aplicar o que ensinava.