Goiás gerou 26.256 vagas de emprego com carteira assinada em 2018, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira, 23, pelo Ministério da Economia. Foram 886 novos postos de trabalho a mais em relação a 2017, quando foram criados 25.370 empregos. O resultado, que deixou Goiás em […]
Goiás gerou 26.256 vagas de emprego com carteira assinada em 2018, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira, 23, pelo Ministério da Economia. Foram 886 novos postos de trabalho a mais em relação a 2017, quando foram criados 25.370 empregos. O resultado, que deixou Goiás em sétimo lugar, foi o melhor desde 2013, quando foram geradas 60.831 novas vagas no Estado.
O setor de serviços foi o mais criou empregos no ano passado em Goiás, com 15.112 novas vagas. Na sequência, o comércio abriu 7.509 novos postos de trabalho; o agronegócio, 1.436; construção civil, 1.360; indústria da transformação, 1.014, e extrativismo mineral, 201. Conforme o Caged, apresentaram dados negativos a administração pública, com 28 demissões, e o serviço industrial de utilidade pública, com 348 desligamentos.
Brasil
Depois de três anos seguidos de fechamento de vagas de emprego com carteira assinada no Brasil, o mercado de trabalho registrou a criação de 529.554 postos formais em 2018. O resultado foi o melhor desde 2013, quando foram gerados 1,138 milhão empregos. Analistas preveem que seja possível gerar um milhão de vagas neste ano, caso a economia deslanche com medidas estruturais, principalmente a aprovação da reforma da Previdência.
No ano passado, de acordo com o Caged, houve aumento no emprego em todas as regiões do País. O resultado anual foi puxado pelo setor de serviços, que gerou 398,603 postos formais. Na sequência o comércio abriu 102.007 novas vagas com carteira assinada. Em seguida, a construção civil abriu 17.957 vagas.
Também tiveram saldo positivo no ano serviços industriais de utilidade pública (7.849 postos), agropecuária (3.245 postos), indústria de transformação (2.610 postos) e extrativa mineral (1 473 posto). Já a administração pública fechou 4.190 vagas no em 2018.
“O Caged positivo em 2018 marca uma inflexão da trajetória do emprego formal no País. Esse foi o primeiro resultado positivo desde 2014, e isso mostra que os equívocos da política econômica nos últimos anos ficaram claros. O período 2012 a 2017 é para ser esquecido na história do País, esses erros não podem se repetir no futuro”, disse o secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho.
Para ele, se não houvesse acontecido a greve dos caminhoneiros no primeiro semestre de 2018, o resultado do Caged seria melhor. “Esperamos que o saldo de empregos em 2019 seja ainda melhor.”
Análise
Para o economista Daniel Gomes da Silva, da Novus Capital, além da greve dos caminhoneiros, outros choques importantes que atrapalharam a retomada do emprego no ano passado foram a piora do cenário internacional para países emergentes, o encarecimento nos preços dos combustíveis e a incerteza eleitoral. “Tudo isso jogou a perspectiva de uma retomada mais forte para baixo”, afirmou. Na visão dele, sem novos choques e com a aprovação da reforma da Previdência, haverá uma melhora mais substancial do mercado de trabalho neste ano para a casa de um milhão de vagas geradas.
“Não só o PIB pode melhorar como o Caged pode ter bem mais criação de vagas, quem sabe até superar um milhão”, diz o economista-chefe da Quantitas Asset, Ivo Chermont, para quem a atividade econômica deve ter crescimento em torno de 2,5% neste ano.
Intermitente
Do total de vagas criadas, 50.033 se referem ao chamado trabalho intermitente, no qual o trabalhador espera uma convocação do empregador para trabalhar, sem a garantia de um mínimo de horas a cada mês. A modalidade foi criada pela reforma trabalhista.
Como é comum no último mês de cada ano, houve um fechamento líquido de 334.462 vagas com carteira assinada no mês passado. O desempenho interrompeu uma sequência de 11 meses seguidos de criação de empregos formais. (Com agências)
Evolução do emprego formal
Goiás – 2010 a 2018
2010 82.904
2011 68.053
2012 66.230
2013 60.831
2014 25.333
2015 – 24,551
2016 – 19.354
2017 25.370
2018 26.256
Fonte: Caged