Desde o anúncio da revitalização e requalificação da Avenida Castelo Branco, em março do ano passado, conforme o Empreender em Goiás mostrou com exclusividade, pouca coisa mudou na região. O projeto foi desenvolvido com o objetivo de tornar a região uma Agrovia – centro de serviços e produtos para o agronegócio para a Região Centro-Oeste. […]
Desde o anúncio da revitalização e requalificação da Avenida Castelo Branco, em março do ano passado, conforme o Empreender em Goiás mostrou com exclusividade, pouca coisa mudou na região. O projeto foi desenvolvido com o objetivo de tornar a região uma Agrovia – centro de serviços e produtos para o agronegócio para a Região Centro-Oeste. De lá para cá, apenas os empresários realizaram ações e investimentos. Um projeto foi entregue à Prefeitura de Goiânia e, agora, foi iniciada uma pesquisa para definir algumas diretrizes a serem tomadas.
A promessa da Prefeitura, de alterar o trânsito, com o fim dos semáforos de três ou quatro tempos e das conversões à esquerda, entre as Avenidas Jaraguá até a Consolação não ocorreu. O anúncio da alteração foi do prefeito Iris Rezende em reunião com empresários em 12 de março de 2018, no Sindicato do Comércio de Autopeças (Sincopeças), em Campinas.
Um dos idealizadores do projeto de revitalização da região, o empresário Antônio Camargo Júnior explicou que os entraves burocráticos estão sendo superados via reuniões com as secretarias municipais de Planejamento, Infraestrutura e Serviços Públicos e de Trânsito. Ele afirma que a contrapartida do setor privado está sendo feita. Já foram plantadas mudas de ipês em metade do trecho que será revitalizado e os autores dos projetos de arquitetura e urbanismos têm realizado reuniões com os técnicos da Prefeitura para realizar os ajustes pedidos pelos órgãos públicos.
Pesquisa
De acordo com a coordenadora da Regional Metropolitana I do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae-GO), Elaine Maria de Moura Souza, o conteúdo da pesquisa em aplicação visa levantar elementos que possam ser consolidados em um diagnóstico que refletirá a visão geral sobre a região.
Foram realizadas duas reuniões – nos dias 19 e 21 deste mês – para conhecimento da pesquisa. Ela servirá de referência para a elaboração de um plano de desenvolvimento para a região. Busca traçar um retrato, envolvendo os empreendimentos e os consumidores que alimentam a cadeia produtiva do agronegócio em Goiânia. Também identificará o perfil e as características do consumidor deste segmento.
O projeto de requalificação da Avenida Castelo Branco parte do pressuposto de que é preciso atualizar a infraestrutura da região, com o remodelamento de calçadas, reforma da pista de tráfego de veículos, alterações no trânsito, melhoria da fiação elétrica e da iluminação pública, paisagismo, estrutura de conectividade.
De acordo com Elaine Souza, também será preciso preparar os empreendedores locais para que se tornem competitivos no mercado, frente às novas tendências, com a implantação de e-commerce, singularity, entre outros modelos inovadores de negócios do segmento.
PROJETO QUER AMPLIAR NEGÓCIOS E VENDAS
O projeto de requalificação tem como foco principal a ampliação dos negócios e das vendas na região, que possui clara vocação para o agronegócio. Os empresários da Avenida Castelo Branco investiram R$ 450 mil na sua elaboração, que contempla ainda a canalização de parte do Córrego Cascavel e implantação de trecho da Marginal Cascavel. A expectativa é criar condições para a região crescer como o maior centro de comércio e serviços no segmento.
Na Castelo Branco estão instaladas 1.076 empresas, segundo a Prefeitura. Destas, 623 são de atividades comerciais e 311 de prestação de serviços. O projeto de intervenção urbana original promovia a requalificação do mobiliário urbano, contemplando melhor acessibilidade, programação visual para promover a identificação da região e sua ligação com as atividades econômicas desenvolvidas entre a Praça Ciro Lisita e o viaduto das Rodovias GO-060/070. Previa também adequações do novo Plano Diretor de Goiânia.
Resposta da Prefeitura
A Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) informou que o projeto foi analisado por seus técnicos e devolvido à entidade para adequações. Disse que aguarda o reenvio para reanálise e tomada de decisões visando a revitalização da via. Também ressaltou que a proposta de Revisão do Plano Diretor de Goiânia, que está em fase final para envio ao Poder Legislativo Municipal, apresenta a criação de um Arranjo Produtivo Local (APL) para a região, voltada ao agronegócio, com o objetivo de promover investimentos na região e fortalecer o comércio local.
O prefeito e secretários querem fazer a requalificação progressista. Mas os técnicos são jurássicos e emperram demais.