As lideranças do setor agropecuário não perderam tempo na abertura da 18ª edição da Tecnoshow Comigo nesta segunda-feira (8), em Rio Verde, e cobraram das autoridades presentes soluções para uma série de entraves que têm afetado o agronegócio, desde o crédito caro e escasso, tabela de fretes, rodovias intransitáveis como a BR-152, que liga Rio […]
As lideranças do setor agropecuário não perderam tempo na abertura da 18ª edição da Tecnoshow Comigo nesta segunda-feira (8), em Rio Verde, e cobraram das autoridades presentes soluções para uma série de entraves que têm afetado o agronegócio, desde o crédito caro e escasso, tabela de fretes, rodovias intransitáveis como a BR-152, que liga Rio Verde à Itumbiara, o não funcionamento pleno da Ferrovia Norte-Sul, até falta de segurança no campo. Também não faltou alerta da necessidade de mobilização e apoio conjunto da classe de produtores rurais para aprovação da reforma da Previdência.
Falando diretamente à ministra Tereza Cristina (Agricultura) , o presidente da Comigo, Antonio Chavaglia, reclamou das altas taxas de juros para o pré-custeio da safra e pediu mais atenção ao setor do agronegócio, ao lembrar que com as perdas na safra têm muitos produtores com dívidas e sem condições de pegar crédito para investimento. Já o deputado federal e presidente da Faeg, José Mário Schreiner, cobrou do governo federal maior aporte de recursos para o fortalecimento do seguro rural.
A ministra defendeu a expansão do seguro rural impulsionada pela subvenção por parte das instituições financeiras. “Por que os bancos não aplicam nisso? Porque é uma atividade de risco e eles não querem colocar o dinheiro a juros compatíveis com a nossa atividade. O seguro rural maior traria mais instituições aportando dinheiro no crédito rural com juros mais apropriados para o agronegócio”, frisou.
E acrescentou: “A nossa briga é muito maior para aumentar essa subvenção do seguro do que ter esses R$ 220 bilhões (Plano Safra) que acaba sendo gráfico. Isso não atende o agronegócio, é um terço do que precisamos, que é em torno de R$ 600 bilhões”.
Tereza Cristina defendeu o fim da tabela de fretes, ao reconhecer que ela está prejudicando tanto os caminhoneiros quanto os setores produtivos. “Precisamos sentar e conversar, para chegar a um entendimento entre as partes e não criar lei e tabelamento”, acrescentou.
Infraestrutura
Os trilhos da Ferrovia Norte-Sul que cortam o Estado de Goiás devem finalmente transportar as mercadorias em dois anos, e, daqui a quatro anos, haverá uma integração com um novo trecho anunciada. De acordo com o governador Ronaldo Caiado, a Vale do Rio Doce construirá uma ferrovia que liga Mara Rosa e Campinorte até Água Boa, no Mato Grosso. “Ou seja, teremos uma ferrovia de 300 quilômetros pegando toda a região leste do Mato Grosso, Norte, Vale do Araguaia se conectando à Ferrovia Norte-sul”, revelou.
O prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale, anunciou que, a partir de agosto, terão início as obras de construção da Plataforma Multimodal da cidade, com integração com a Ferrovia Norte-Sul. A obra será executada mediante Parceria Público-Privada (PPP).