A virada de chave passa necessariamente pela aprovação das reformas da Previdência e Tributária, além de outros ajustes como a agenda de privatizações e desburocratização. Tudo isso irá aumentar os investimentos privados para melhorar o ritmo da atividade econômica brasileira, estimulando o consumo interno, o verdadeiro motor para a recuperação. A opinião é do CEO […]
A virada de chave passa necessariamente pela aprovação das reformas da Previdência e Tributária, além de outros ajustes como a agenda de privatizações e desburocratização. Tudo isso irá aumentar os investimentos privados para melhorar o ritmo da atividade econômica brasileira, estimulando o consumo interno, o verdadeiro motor para a recuperação.
A opinião é do CEO do Banco BTG Pactual, Roberto Sallouti, que manifestou otimismo com a retomada do crescimento econômico do Brasil, ao falar para cerca de 80 empresários e investidores durante encontro realizado em Goiânia. O executivo veio a convite do empresário Cleiton Mendes, sócio da Vertente Capital, que acaba de ser contratada pelo BTG Pactual, sendo o primeiro escritório de agentes autônomos de investimentos vinculados à instituição no Estado .
Roberto Sallouti observou que o Brasil possui atualmente um cenário positivo para engrenar o retorno do crescimento, aliando cenário externo favorável – com a acomodação da escalada de juros dos EUA, que havia afetado os emergentes – a um contexto interno de expectativas positivas com o novo governo; o que contribuem para a previsão de queda nos juros.
No entanto, ressaltou, apesar de o País ter saído da recessão, a recuperação do País ainda é lenta, salientou durante a manhã corporativa. De 2014 a 2016, houve uma queda de 8,5% do PIB. Porém, já são dois anos de recuperação pífia com crescimento de 3,4% no período, continuando a refletir no aumento do desemprego e consequente diminuição do consumo.
O motivo, segundo o doutor em economia e professor João Scandiuzzi, economista da Asset Management (gestora de recursos) do banco, que também participou do encontro com empresários goianos, foi a queda nos investimentos, que acumulou decréscimo de 30% em média desde o período de crise.
Segundo o economista, agora é tempo de vencer o desafio da articulação política, da solvência fiscal, que depende da solução para a Previdência; e da melhoria da produtividade, vinculada à investimentos em tecnologia e infraestrutura. “Os investimentos privados em infraestrutura, por meio de leilões e Parcerias Público-Privadas (PPP’s) serão gatilhos para acelerar o crescimento” prevê o economista.