A indústria goiana registrou queda de 5,9% em abril de 2019 em relação ao mesmo mês do ano passado. Na comparação com o mês março último, na série com ajustes sazonais, a queda foi de 1,4%. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta terça-feira (11/06) pelo IBGE, Goiás está […]
A indústria goiana registrou queda de 5,9% em abril de 2019 em relação ao mesmo mês do ano passado. Na comparação com o mês março último, na série com ajustes sazonais, a queda foi de 1,4%. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta terça-feira (11/06) pelo IBGE, Goiás está entre os cinco locais que apresentaram redução no País. Com a segunda queda no ano, a indústria goiana teve a variação acumulada no ano de 2019 negativa em 0,2%. Quando analisado o acumulado nos últimos 12 meses Goiás mantém o pior resultado do País (-4,9%), devido a grande sequência de quedas sofridas pela indústria em 2018.
Dentre as atividades pesquisadas no Estado, as que mais contribuíram para a queda da indústria, comparado a abril de 2018, foram: fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-26,8%), fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-23,0%) e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-19,2%). Destaque para essa a última atividade que registrou o terceiro recuo consecutivo no ano, acumulando quedas de 12,8% em 2019 e de 35,5% nos últimos 12 meses. Por outro lado, a única atividade que registrou crescimento em abril de 2019 em Goiás, quando comparado ao mesmo período do ano anterior foi a fabricação de produtos alimentícios (0,3%).
GOIÁS NO CENÁRIO NACIONAL
A produção das indústrias em Goiás aponta para alguns sinais de recuperação, segundo dados do IBGE, mas longe de compensar a retração dos últimos 12 meses no setor goiano. Em bases quadrimestrais, o setor industrial brasileiro recou 2,7% nos quatro primeiros meses de 2019 e intensificou a queda verificada no último quadrimestre de 2018 (-1,5%), permanecendo com a clara perda de ritmo, embora no mês de abril tenha apontado uma recuperação em maior parte dos Estados.
Dez dos 15 locais pesquisados pelo IBGE assinalaram perda de dinamismo no primeiro quadrimestre deste ano comparado com o mesmo período de 2018, com destaque para Pará (de 10,3% para -7,8%), Espírito Santo (de 3,7% para -10,3%), Minas Gerais (de -0,5% para -4,8%), Bahia (de 1,2% para -2,9%), Mato Grosso (de -1,0% para -4,8%) e Rio Grande do Sul (de 9,9% para 6,2%). Por outro lado, Goiás (de -7,2% para -0,2%) e Paraná (de 0,7 para 6,2%) apontaram os avanços mais acentuados entre os dois períodos.
No acumulado no ano, frente a igual período de 2018, houve quedas em 11 dos 15 locais pesquisados, e os destaques foram Espírito Santo (-10,3%) e Pará (-7,8%). Mato Grosso (-4,8%), Minas Gerais (-4,8%), Região Nordeste (-3,4%), Rio de Janeiro (-3,2%), Amazonas (-3,0%) e Bahia (-2,9%) também registraram taxas negativas mais elevadas do que a média da indústria (-2,7%), enquanto São Paulo (-2,6%), Pernambuco (-1,1%) e Goiás (-0,2%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção no fechamento dos quatro primeiros meses de 2019.
Por outro lado, Rio Grande do Sul (6,2%) e Paraná (6,2%) apontaram os avanços mais elevados no acumulado no ano, impulsionados, principalmente, pelo comportamento positivo vindo das atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias e produtos de metal no primeiro local; e de produtos alimentícios, veículos automotores, reboques e carrocerias e máquinas e equipamentos (máquinas para colheita), no segundo. Santa Catarina (3,0%) e Ceará (1,8%) também mostraram taxas positivas no ano.
Abril
Em abril o acréscimo médio de 0,3% da produção industrial nacional foi acompanhado por 10 dos 15 locais pesquisados. Pernambuco (8,3%), Bahia (7,4%), Região Nordeste (6,1%) e Mato Grosso (5,1%) assinalaram os maiores avanços. Ceará (3,7%), São Paulo (2,4%), Rio Grande do Sul (2,3%) e Santa Catarina (1,3%) também tiveram resultados acima da média nacional. Por outro lado, o Pará, com recuo atípico (-30,3%), teve a perda mais intensa no mês, pressionado, em grande parte, pelo comportamento negativo no setor extrativo. As demais taxas negativas foram no Espírito Santo (-5,5%), Rio de Janeiro (-4,5%), Goiás (-1,4%) e Amazonas (-1,2%).
Indicadores da Pesquisa Industrial Mensal | ||
Locais | Variação percentual (%) | |
Março/2019 | Abril/2019 | |
Amazonas | -2,1 | -2,7 |
Pará | 7,2 | 5,0 |
Região Nordeste | -0,7 | -1,0 |
Ceará | -0,1 | -0,1 |
Pernambuco | 3,3 | 2,8 |
Bahia | -0,3 | -0,8 |
Minas Gerais | -1,4 | -2,6 |
Espírito Santo | -2,0 | -3,2 |
Rio de Janeiro | 1,1 | -0,4 |
São Paulo | -1,0 | -2,3 |
Paraná | 4,0 | 3,1 |
Santa Catarina | 3,7 | 2,8 |
Rio Grande do Sul | 7,0 | 6,6 |
Mato Grosso | -1,4 | -2,6 |
Goiás | -4,1 | -4,9 |
Brasil | -0,1 | -1,1 |