O setor de mineração em Goiás deverá receber aproximadamente R$ 8 bilhões em investimentos nos próximos três anos, segundo estimativa da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), em Alto Horizonte, Crixás, Catalão, Barro Alto e Minaçu na exploração de ouro, nióbio, níquel e fertilizantes. “Esse valor é somente em expansão e modernização de […]
O setor de mineração em Goiás deverá receber aproximadamente R$ 8 bilhões em investimentos nos próximos três anos, segundo estimativa da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), em Alto Horizonte, Crixás, Catalão, Barro Alto e Minaçu na exploração de ouro, nióbio, níquel e fertilizantes. “Esse valor é somente em expansão e modernização de empreendimentos já em operação e não contém possíveis novos investimentos”, afirmou o presidente da Câmara Setorial da Mineração da FIEG, Wilson Antônio Borges.
Já o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), Luís Azevedo, embora Goiás tem potencial de crescer no setor, por ter um terreno fértil de minerais, apresenta ainda entraves no licenciamento ambiental e também surgiram dúvidas entre os investidores sobre a nova política de incentivos fiscais que pode ser adotada pelo governo de Ronaldo Caiado. Segundo Azevedo, os benefícios fiscais sempre foram “bem vindos” para novos investimentos na área da mineração em Goiás.
Atualmente, cerca de um terço da balança comercial e 39% das exportações goianas são oriundos da mineração. Com 4,34% de toda a produção nacional, Goiás fica atrás apenas do Pará e de Minas Gerais.
Além dos investimentos em expansão, Goiás deverá receber novos empreendimentos nos próximos anos. Segundo o coordenador executivo da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão ligado ao Ministério das Minas e Energia, Márcio José Remédio, ainda este ano será licitado um projeto de exploração de cobre, chumbo e zinco em Bom Jardim de Goiás. Para 2020, devem ser licitados os projetos de extração de níquel e cobalto em Santa Fé de Goiás e em Montes Claros.
Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Vidigal, o governo federal trabalha para melhorar o ambiente de negócios para o setor. A intenção é enviar projetos de lei que facilitem a concessão de licenças ambientais e entrada de dinheiro estrangeiro no setor. “Patrimônio que fica debaixo da terra não interessa. Amanhã, pode não haver mais essa demanda [pelos minérios]”, disse.
No caso de Minaçu, há uma grande expectativa sobre a exploração de terras raras. “É possível que toda a mão de obra que atuava na exploração do amianto seja reaproveitada, já que são profissionais qualificados”, afirmou Wilson Antônio Borges, para quem Goiás tem vocação para a mineração.