O Brasil ainda patina quando se fala em inovação. De acordo com uma lista divulgada pela Forbes, das 2 mil maiores empresas do mundo, apenas 1% é brasileira. No ranking nacional, Goiás ocupa a 10ª posição e a 2ª na Região Centro-Oeste, atrás do Distrito Federal, conforme listagem da Federação das Indústrias do Ceará, única […]
O Brasil ainda patina quando se fala em inovação. De acordo com uma lista divulgada pela Forbes, das 2 mil maiores empresas do mundo, apenas 1% é brasileira. No ranking nacional, Goiás ocupa a 10ª posição e a 2ª na Região Centro-Oeste, atrás do Distrito Federal, conforme listagem da Federação das Indústrias do Ceará, única entidade que realizou estudos neste campo.
Diante deste quadro de atraso, será lançado o movimento Aliança pela Inovação, cujo objetivo é colocar Goiás na liderança da Inovação & Tecnologia, na Região Centro-Oeste, através do fomento de políticas de incentivo à pesquisa, tecnologia e à multiplicação de startups no Estado.
O lançamento, pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), acontecerá no dia 20 de agosto, a partir das 8 horas, com a realização do 1º Encontro do Ecossistema Goiano de Inovação, na sede da entidade. O evento terá as presenças do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicações, Marcos César Pontes, e do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, Leonardo Euler.
Segundo o coordenador do movimento e presidente do Conselho Temático de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da FIEG, Heribaldo Egídio, mais de 40 entidades do setor produtivo e os poderes Executivo e Legislativo, além de Universidades, integram a Aliança pela Inovação. “A geração de riquezas e o desenvolvimento de um país passam pela capacidade de gerar tecnologias. Através da Aliança pela Inovação, será possível a união de forças e ideias para ampliar o debate visando colocar Goiás na rota dessa tendência mundial”, frisou.
Na opinião do representante da Fieg, se não forem agregadas as vertentes ciência, tecnologia, inovação, empreendedorismo e educação, como forma de impulsionar o ecossistema de inovação no Estado, em poucos anos os produtos goianos não terão mais mercados, por falta de qualidade e competitividade.
Agropecuária
Em Goiás, o setor agropecuário é o que mais tem agregado tecnologia inovadoras na produção, como drones, robótica e outros, tanto que já vem sendo chamado de Agricultura 4.0. Os empresários do setor estão investindo em melhoria de produtividade, em novas tecnologias, na qualificação da mão de obra e em sustentabilidade. “Por outro lado, o setor industrial está morrendo e precisa se inovar, entrar na era da Inovação e Indústria 4.0”, alerta Heribaldo Egídio.
A inovação é uma poderosa aliada para as empresas conseguirem mais competitividade tanto no mercado nacional como no internacional, diz o diretor da FIEG, ao lembrar que inovação é investimento e não custo para a empresa. “No prazo máximo de cinco anos, os empresários que não buscarem inovações tecnológicas estarão fadados ao fracasso”, afirma.
Se os integrantes do movimento Aliança pela Inovação trabalharem ativamente, de forma afinada, o reflexo no setor produtivo poderá ser sentido a médio prazo. “Temos de plantar, imediatamente, para colher em cinco anos”, diz o dirigente da FIEG. As universidades e centros de pesquisas, como a Fapeg, estão engajadas no processo de inovação e o empreendedorismo tem sido estimulado em Goiás pelo Sistema S, ligado às entidades de classe do setor produtivo como Fieg, Fecomércio, Faeg e Sebrae. Porém, é preciso fazer muito mais para garantir a geração de tecnologias que vão refletir em mais riquezas e desenvolvimento.