Secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues disse nesta terça-feira (3/9) que o Brasil atravessa um ano de arrumação, necessário para que se possa vislumbrar resultados melhores em termos primários e nominais. Durante o seminário “Reformas para o Crescimento”, realizado pela Secretaria de Política Econômica (SPE), em parceria com o Banco Interamericano […]
Secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues disse nesta terça-feira (3/9) que o Brasil atravessa um ano de arrumação, necessário para que se possa vislumbrar resultados melhores em termos primários e nominais. Durante o seminário “Reformas para o Crescimento”, realizado pela Secretaria de Política Econômica (SPE), em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Rodrigues ressaltou que a reforma principal para o país é a fiscal. “O evento mostra a urgência de reformas para o País. Mas para que todas essas políticas tenham a potencialidade devida, é imperativo corrigir o gasto público alto em forte velocidade e com problemas de alocação”, frisou.
O assessor econômico regional para os países do Cone Sul do BID, Fabiano Bastos, concordou com a avaliação de Waldery. Segundo ele, tudo o que for previsto para o Brasil em termos de médio prazo passa por um equacionamento do quadro fiscal, sobretudo, com a redução das despesas obrigatórias. “O governo vem conduzindo de forma exemplar a agenda de reformas. Isso tem que ser reconhecido”, ressaltou.
Waldery Rodrigues citou dados para desenhar um quadro otimista para a economia. O fato da formação bruta de capital ter vindo como elemento positivo nas contas nacionais, no trimestre anterior, é um ponto importante, frisou. “Houve um crescimento considerável. Isso nos permite seguir em frente, confiantes na agenda que está sendo colocada”, disse, citando além da Nova Previdência, a reforma tributária, a flexibilização para saques do FGTS e PIS/Pasep, e 17 medidas que vêm sendo preparadas pela SPE na área de mercado de capitais.
O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, destacou que importantes medidas vêm sendo desenhadas na área agrícola pela SPE, para garantir a produtividade no campo. Segundo ele, os resultados econômicos de julho e agosto ainda inspiram cuidado, pois alguns são bons, porém, outros não. “Agosto, nas minhas contas, é o fim de um período complicado na economia brasileira. A partir de setembro me parece correto que teremos a volta de um crescimento um pouco mais sustentado de longo prazo”, defendeu, acrescentando que a mudança será passo a passo. “É claro que são vários desafios que ainda teremos e a mudança não virá da noite para o dia, mas a partir de setembro de maneira consistente iremos sair dessa situação complicada”, finalizou.