O segmento da Defesa e Segurança Nacional, que está em implantação no Brasil, quer a participação das empresas goianas no processo de licitações que, em breve, movimentará cifras de R$ 10 bilhões por ano em negócios. Para tanto, o Comitê da Indústria de Defesa e Segurança de Goiás (Comdefesa/Fieg) começa uma série de ações para […]
O segmento da Defesa e Segurança Nacional, que está em implantação no Brasil, quer a participação das empresas goianas no processo de licitações que, em breve, movimentará cifras de R$ 10 bilhões por ano em negócios. Para tanto, o Comitê da Indústria de Defesa e Segurança de Goiás (Comdefesa/Fieg) começa uma série de ações para capacitar o parque industrial a ofertar seus produtos e serviços, participar das licitações e buscar ampliação de negócios.
“Temos o interesse em consolidar Goiás como polo estratégico para o fornecimento de serviços e produtos aos órgãos do Ministério da Defesa”, destaca o coordenador do Comdefesa/GO, Baltazar José dos Santos. Todo o segmento tem aproximadamente um milhão de pessoas que necessitam de uniformes, calçados, alimentação, manutenção, combustível, tecnologia e obras. “E isso Goiás produz e pode vender”, frisou.
O comitê é enfático na participação de Goiás nos processos licitatórios, mas adverte que as empresas necessitam de conhecimento e informação para ampliar participação nos processos. O presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário no Estado, (Sinvest/Fieg), José Divino Arruda, reconhece ser muito baixa a presença das empresas goianas em licitações públicas. “Elas se sentem acanhadas por questões de pagamentos, mas queremos mostrar e esclarecer sobre as inúmeras oportunidades que estão chegando”, disse ao comentar que o desenvolvimento do setor de defesa será um segmento estratégico para o Estado.
Oportunizar a capacitação sobre licitações e suas oportunidades refletem a preocupação da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg) em abrir os olhos do empresariado. “São oportunidades múltiplas”, admite o presidente da entidade, Sandro Mabel, destacando que vários setores podem se beneficiar frente à implantação do Polo da Indústria de Defesa em Anápolis, com seus diferenciais logísticos. “O mercado de compras públicas para a defesa e segurança vai de um simples alfinete a uma complexa aeronave”, calcula Mabel que reconhece o potencial da indústria goiana para este atendimento.
Integrando as ações de capacitação, a Fieg realizou o 1º Encontro de Negócios reunindo 50 empresas e 32 dos 36 sindicatos interessados em se qualificar como fornecedores do Ministério da Defesa. Eles expuseram seus produtos e serviços com expectativas de conhecer o que está sendo feito e o que podem ofertar e comprar aqui mesmo.
Dora de Souza, proprietária da Farp Uniformes, descobriu diversos itens que pode comprar internamente, deixando de adquirir fora do Estado. “Tenho a expectativa de aumentar o volume de negócios em 5%”. Com a expectativa de realizar novas parcerias, o gerente de vendas da Barão Alimentos, Luiz Cláudio Cavalcante, viu com bons olhos a proposta do evento e as orientações sobre as licitações.
Para o próximo ano, a Fieg planeja realizar outros dois eventos com este objetivo, reunindo 15 setores macros da indústria: construção civil, alimentação, químico, combustíveis, gráfico, acabamentos, metalúrgico/mecânico, plástico, mineração, energia, couro, moda, moveleiro, cosméticos e softwares.