Rio Verde abriu na noite desta segunda-feira (30/09) o primeiro seminário regional do Movimento em Defesa do Desenvolvimento e dos Empregos, realizado pelo Fórum Empresarial no Estado, entidades de trabalhadores e instituições de ensino em municípios considerados polos econômicos regionais. O evento, que tem o propósito de impulsionar o ambiente de negócios e tornar o […]
Rio Verde abriu na noite desta segunda-feira (30/09) o primeiro seminário regional do Movimento em Defesa do Desenvolvimento e dos Empregos, realizado pelo Fórum Empresarial no Estado, entidades de trabalhadores e instituições de ensino em municípios considerados polos econômicos regionais. O evento, que tem o propósito de impulsionar o ambiente de negócios e tornar o Estado mais competitivo, foi marcado pela pluralidade de entidades presentes no auditório da Associação Comercial e Industrial de Rio Verde (Acirv) e pelo consenso em torna da necessidade de fomento estatal para a superação da crise econômica atual. Participaram dos debates mais de 150 lideranças entre representantes do poder público, empresários, sindicatos, federações e centrais de trabalhadores da indústria, comércio e agricultura de praticamente todo o Sudoeste Goiano.
“A questão é simples: se não houver uma política de atração de investimentos, com a melhora do ambiente de negócios e incentivos, também não haverá desenvolvimento”, sintetizou Antonio Chavaglia, presidente da Comigo, cooperativa responsável pela maior feira agrícola do País, realizada anualmente em Rio Verde. Presidente da FTIEG, que representa a classe trabalhadora industrial de Goiás, Tocantins e Distrito Federal, Pedro Luiz Vicznevski usou uma metáfora do campo para definir o contexto de insegurança jurídica com relação às políticas de desenvolvimento. “Um peão lá na roça me ensinou que não é gritando ‘xô’ para as galinhas que você as leva para onde você quer. É jogando o milho no seu pé que elas vêm.”
“O que me atraiu para participar do Movimento em Defesa do Desenvolvimento e dos Empregos foi a credibilidade dos envolvidos. Me tornei um entusiasta porque sei que será um divisor de águas no desenvolvimento do Estado”, afirmou Edward Madureira, reitor da UFG. Reitor da Universidade de Rio Verde, Sebastião Lázaro Pereira, o Tatão, ressaltou a contribuição da academia para a qualidade das propostas. O diretor do IF Goiano, Alaerson Geraldine, enfatizou o papel da tecnologia e da inovação. “Temos todo um ecossistema para crescer muito mais no cenário nacional”, disse.
Secretário-executivo da Adial Goiás, Edival Portilho apresentou um estudo econômico comprovando, com números oficiais, a queda histórica da indústria goiana a partir da soma de crise econômica, aumento da carga tributária e dos ataques à política de incentivos fiscais. Para ele, é nítida a urgência de uma força-tarefa de desburocratização com ênfase na concessão de fomentos e desburocratização de licenciamentos ambientais para projetos que demandam contratação intensa de mão de obra.
“O melhor programa social é o emprego”, defendeu o presidente da Adial, Otávio Lage Filho. “O mais importante”, definiu Otávio, “é que este é um movimento pró. Não é um movimento contra. É pelo desenvolvimento de Goiás.” Segundo o presidente da Adial, a relevância do Movimento, inédito em Goiás, é unir empresários, trabalhadores, entidades de classe e universidades na formulação de propostas que serão apresentadas ao Governo de Goiás para contribuir com um plano de desenvolvimento. Os próximos seminários locais serão realizados em Anápolis, Catalão, Goianésia e Itumbiara. A última etapa será um grande evento em Goiânia em novembro, quando será fechada a carta de propostas para o Estado.