Cerca de 1,5 mil funcionários devem ser dispensados da fábrica da CAOA localizada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA) caso a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa não cesse a ofensiva junto ao governo do Estado para que sejam revogados os incentivos fiscais do setor automotivo. A previsão é do Sindicato dos Metalúrgicos […]
Previsão é do Sindicato dos Metalúrgicos de Anápolis por conta de possíveis cortes nos incentivos fiscais
Cerca de 1,5 mil funcionários devem ser dispensados da fábrica da CAOA localizada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA) caso a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa não cesse a ofensiva junto ao governo do Estado para que sejam revogados os incentivos fiscais do setor automotivo.
A previsão é do Sindicato dos Metalúrgicos de Anápolis (SindMetana), e foi repassada aos funcionários da CAOA durante assembleia comandada pelo presidente Reginaldo Faria nesta quarta-feira (16). “Na verdade o cenário que se avizinha é ainda pior: a empresa deve deixar de contratar mais de 300 novos trabalhadores e, naturalmente, não fará investimentos em novos produtos”. Atualmente a montadora produz veículos das marcas Hyundai e Chery.
Na assembleia, o clima era de abatimento e apreensão. A dispensa dos trabalhadores, explica Reginaldo, se dará sobretudo pela transferência de toda a parte operacional da montadora para Jacareí (SP), situada a 85 quilômetros da capital paulista. “São centenas de pais e mães de família que ficarão sem emprego. O deputado (Humberto Aidar) que tem lutado tanto contra os incentivos tem algum projeto para estas famílias?”, questiona o dirigente sindical.
A revogação dos incentivos fiscais para o setor automotivo não é consenso entre os parlamentares; há um grupo que avalia que a CPI terá sérios desdobramentos que vão além da saída de empresas do Estado: a falta de atrativos para que outras se instalem em Goiás.