O polo da moda de Goiânia, localizado nos arredores da Rua 44, recebe a partir desta sexta-feira, 8/11, um novo modelo de atacado. A República da Moda pretende proporcionar uma experiência inédita de compras para revendedores, ao mesmo tempo em que oferecer às confecções uma plataforma de exposição e venda de produtos. Com investimento de […]
O polo da moda de Goiânia, localizado nos arredores da Rua 44, recebe a partir desta sexta-feira, 8/11, um novo modelo de atacado. A República da Moda pretende proporcionar uma experiência inédita de compras para revendedores, ao mesmo tempo em que oferecer às confecções uma plataforma de exposição e venda de produtos. Com investimento de R$ 5 milhões, o empreendimento converge o mundo físico e o digital, no conceito chamado omnichannel.
“Queremos ser a Amazon da moda no Cerrado”, afirma Paulo Roberto Costa, diretor de empreendimentos do grupo do grupo Tropical Urbanismo, um dos investidores da República da Moda. Atualmente, o empreendimento tem 100 confecções, todas goianas, e mais de 100 mil peças em seu mix expostas em uma estrutura de 1,6 mil metros quadrados dentro do Estação da Moda Shopping, no Centro de Goiânia. A meta é chegar a uma estrutura de 5 mil metros quadrados e 1 milhão de peças.
No local, ao invés de encher malas e carrinhos de compra, o varejista adquire peças de calçado, vestuário e acessórios por meio de um aplicativo – as compras também podem ser feitas remotamente, por meio do e-commerce.
O aplicativo pode ser baixado no smartphone do comprador ou, caso ele prefira, poderá ser auxiliado por um consultor da loja, que tem o aplicativo instalado em tablets. As informações de cada peça (cor, tamanho, preço, etc) são acessadas por meio de um QR Code presente nas etiquetas. Dessa forma, o varejista pode escolher os tamanhos e quantidade de cada peça e optar por retirá-las na loja ou receber no endereço que indicar.
A arquitetura, a ambientação e a exposição das peças seguem a mesma “pegada” tecnológica. “O objetivo é proporcionar uma experiência de compras inédita no Brasil”, diz o diretor-executivo da República da Moda, Peterson Demes. A inspiração, segundo ele, foi em grandes marketplaces como os da Amazon e Magazine Luiza, mas com identidade própria. “Desenvolvemos um conceito disruptivo”.
Se para o varejista os principais atrativos são o conforto e a facilidade de compra, para o confeccionista a loja se transforma em um showroom, diminuindo os custos com ponto fixo, e distribuidor. Conforme Demes, o sistema seleciona automaticamente a forma mais eficiente de frete – seja pelos Correios, seja por meio de transportadoras. “As peças chegam onde o varejista quiser, sem que ele precise se descolar longas distâncias, correr riscos ou gastar muito”, afirma.
Na outra ponta, o expositor também tem um aplicativo em que pode acompanhar as vendas em tempo real, o que possibilita um controle mais eficiente do estoque e o planejamento de quais peças precisa produzir em maior ou menor escala. Além disso, segundo Demes, em todas as vendas são emitidas notas fiscais. “Nosso objetivo é incentivar a formalização”, diz.
Segundo Paulo Roberto da Costa, o objetivo é “tirar a dor” dos clientes – sejam atacadistas, sejam varejistas. “O confeccionista poderá focar em fazer um produto de qualidade e competitivo, pois nossos concorrentes não estão no Brasil, estão no mundo todo, especialmente a China. E o lojista poderá focar em suas vendas”, acredita.
De acordo com Paulo Roberto, o desenvolvimento da República da Moda levou dois anos. “Ela é quase uma startup. Inclusive, ficou encubada no Instituto Gyntec, um hub de inovação que tem entre os parceiros a aceleradora de startups Ace. (Fotos: Tales Mattos)