A taxa de trabalhadores desocupados em Goiás cresceu 2,2 pontos porcentuais nos últimos três meses de 2019, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgados pelo IBGE, e encerrou com a média de 10,4% no ano passado. Foi o único Estado em que houve crescimento de desempregados no País. […]
A taxa de trabalhadores desocupados em Goiás cresceu 2,2 pontos porcentuais nos últimos três meses de 2019, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgados pelo IBGE, e encerrou com a média de 10,4% no ano passado. Foi o único Estado em que houve crescimento de desempregados no País. A taxa média de desocupação teve queda em 16 Estados, acompanhando a média nacional, que caiu de 12,3% em 2018 para 11,9% no ano passado.
Apesar do crescimento, a taxa de desocupação em Goiás é menor que a média nacional. As maiores taxas ficaram no Amapá (17,4%) e na Bahia (17,2%), enquanto as menores foram registradas em Santa Catarina (6,1%), Rondônia, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso com 8% na média anual. A população ocupada também aumentou no Brasil (2%) e em 23 Estados, totalizando 93,4 milhões de trabalhadores em 2019.
Outro dado preocupante foi o aumento no ano passado da taxa de informalidade – trabalhadores sem carteira ou empregador sem CNPJ – em Goiás: aumento de 1,7 ponto para 41,2%. É a maior taxa desde 2016. Já a taxa média nacional de informalidade (41,1%) foi superada em 18 estados, variando de 41,2% em Goiás a 62,4% no Pará. Apenas no Distrito Federal (29,6%) e em Santa Catarina (27,3%) esta taxa ficou abaixo de 30%.
“Em vários Estados a gente observa que a taxa de informalidade é superior ao crescimento da população ocupada. No Brasil, do acréscimo de 1,819 milhão de pessoas ocupadas, um milhão é de pessoas na condição de trabalhador informal”, explica a analista da pesquisa, Adriana Beringuy. “Em praticamente todo o País, quem tem sustentado o crescimento da ocupação é a informalidade”, observa.
Taxa de informalidade da população ocupada (%) | ||||
Localidade | 2016 | 2017 | 2018 | 2019 |
Brasil | 39,0 | 40,2 | 40,8 | 41,1 |
Rondônia | 48,9 | 50,1 | 49,5 | 50,3 |
Acre | 49,8 | 51,4 | 51,0 | 50,2 |
Amazonas | 57,0 | 56,0 | 54,9 | 57,6 |
Roraima | 42,8 | 44,0 | 45,0 | 47,1 |
Pará | 60,8 | 61,8 | 61,4 | 62,4 |
Amapá | 48,4 | 49,8 | 49,4 | 54,3 |
Tocantins | 44,4 | 43,7 | 45,4 | 47,9 |
Maranhão | 64,4 | 62,1 | 59,9 | 60,5 |
Piauí | 59,4 | 58,7 | 58,8 | 59,5 |
Ceará | 54,1 | 54,5 | 55,3 | 54,9 |
Rio Grande do Norte | 45,3 | 46,8 | 48,3 | 48,4 |
Paraíba | 52,1 | 52,1 | 53,1 | 53,1 |
Pernambuco | 47,8 | 48,6 | 48,2 | 48,8 |
Alagoas | 47,1 | 46,2 | 44,7 | 47,2 |
Sergipe | 50,9 | 52,2 | 53,6 | 54,4 |
Bahia | 54,5 | 54,6 | 54,3 | 54,7 |
Minas Gerais | 37,9 | 39,8 | 40,0 | 40,1 |
Espirito Santo | 37,5 | 40,5 | 42,2 | 41,6 |
Rio de Janeiro | 33,3 | 36,2 | 37,1 | 37,5 |
São Paulo | 27,4 | 29,7 | 31,6 | 32,0 |
Paraná | 32,8 | 34,9 | 35,5 | 34,3 |
Santa Catarina | 27,5 | 28,1 | 27,9 | 27,3 |
Rio Grande do Sul | 32,9 | 34,2 | 34,2 | 34,0 |
Mato Grosso do Sul | 36,5 | 36,3 | 37,1 | 37,8 |
Mato Grosso | 38,3 | 38,6 | 39,1 | 40,7 |
Goiás | 39,5 | 40,7 | 40,8 | 41,2 |
Distrito Federal | 26,0 | 27,6 | 28,2 | 29,6 |