Reduzir o Custo Brasil em R$ 1,5 trilhão até março de 2022, por meio da eficiência, produtividade e competitividade. É o objetivo anunciado pelo CEO do Projeto de Redução do Custo Brasil, do Ministério da Economia, Jorge Lima, em palestra via conferência na quarta-feira (21/10) na Casa da Indústria, em parceria com Fecomércio, Faeg, Acieg, […]
Reduzir o Custo Brasil em R$ 1,5 trilhão até março de 2022, por meio da eficiência, produtividade e competitividade. É o objetivo anunciado pelo CEO do Projeto de Redução do Custo Brasil, do Ministério da Economia, Jorge Lima, em palestra via conferência na quarta-feira (21/10) na Casa da Indústria, em parceria com Fecomércio, Faeg, Acieg, Facieg, FCDL e OCB Goiás. Contou com a participação de lideranças sindicais, empresários, vereadores e deputados goianos.
“O Custo Brasil é um câncer. Ou vamos reduzir ou vamos morrer. Não dá para viver com um custo de R$ 1,5 trilhão por mais 4, 5 ou 10 anos. Não dá para depender de commodities e do agronegócio”, afirmou Jorge Lima, ao pedir a ajuda do setor produtivo, a quem ele atribui capacidade de fazer o projeto Custo Brasil dar certo.
Atualmente, de acordo com diagnóstico realizado pelo governo federal em parceria com o setor privado, o custo equivale a 22% do PIB nacional e envolve amplo conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem e comprometem novos investimentos, piorando o ambiente de negócios. Para Jorge Lima, redução do Custo Brasil depende de modernização da máquina administrativa, de processos de desburocratização e digitalização, bem como da necessidade urgente da Reforma Administrativa.
“O setor produtivo não conhece o governo, e vice-versa. É uma conversa de surdo, mudo e cego às vezes. Quem faz as leis não conhece o setor produtivo, quem faz um regulamento não conhece o setor produtivo. Isso é um problema. Por outro lado, existe um desconhecimento de como funciona uma máquina governamental de um sistema democrático. Aconteceu um afastamento do setor público do setor privado”, frisou Jorge Lima, ao defender a aproximação do poder público com o privado. “Economia tem de caminhar em paralelo com a política, não uma contra outra, boicotando a outra”, enfatizou.
Ao realizar a abertura do encontro, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, Sandro Mabel, ressaltou que o Custo Brasil precisa ser reduzido, pois ele impede o crescimento das empresas. “Hoje para tirar uma licença para trabalhar no setor mineral, para explorar uma mina, você demora 10 anos. É inadmissível. Com toda essa riqueza que existe no Brasil, muitas vezes, não conseguimos fazer que o país funcione”, afirmou.
Áreas vitais
A metodologia do projeto inclui 12 áreas consideradas vitais para a competitividade do setor empresarial: (1) abrir um negócio, (2) financiar o negócio, (3) empregar capital humano, (4) dispor da infraestrutura, (5) acessar insumos básicos, (6) atuar em ambiente jurídico e regulatório eficaz, (7) integrar-se com cadeias produtivas globais, (8) honrar tributos, (9) acessar serviços públicos, (10) reinventar o negócio, (11) competir e ser desafiado de forma justa e (12) retomar ou encerrar o negócio. Atualmente, o Brasil ocupa a 71ª colocação no ranking global de competitividade do Fórum Econômico Mundial, que avalia 141 países. A meta do governo é reduzir essa desigualdade, alcançando o 50º lugar em 2022.
“As propostas para reduzir o custo Brasil são música para os nossos ouvidos”, disse o secretário de Indústria, Comércio e Serviços do Estado de Goiás, Adonídio Neto Vieira Júnior, ao anunciar a desburocratização das licenças ambientais para a mineração e a criação de mais de 10 mil empregos para o setor. Para a secretária de Estado da Economia, Cristiane Schmidt, que também participou do evento, a redução do Custo Brasil é um dos mais importantes projetos do País. “O setor privado é que vai resolver os problemas do País, reduzir a máquina, precisamos de uma reforma administrativa urgente antes da tributária”, frisou.