Impedidos de funcionar com sua capacidade total desde o ano passado, quando o mundo foi surpreendido com a pandemia provocada pela Covid-19, os mais de 14 mil bares e restaurantes do Estado de Goiás começaram a desmontar suas estruturas, reduzindo espaços e demitindo funcionários. Apenas na semana passada, com a decretação de novas medidas de […]
Impedidos de funcionar com sua capacidade total desde o ano passado, quando o mundo foi surpreendido com a pandemia provocada pela Covid-19, os mais de 14 mil bares e restaurantes do Estado de Goiás começaram a desmontar suas estruturas, reduzindo espaços e demitindo funcionários. Apenas na semana passada, com a decretação de novas medidas de restrições de funcionamento, pela Prefeitura de várias cidades goianas, foram 6 mil demissões e esta semana deverão perder o emprego outros 15 mil trabalhadores.
A persistir a atuação situação, até a próxima semana, em que os restaurantes podem operar apenas com delivery, o fechamento de vagas pode chegar a 30 mil, de acordo com estimativas do presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Goiás (Abrasel), Fernando Machado.
“Não suportamos mais ficar com as portas fechadas, bancando despesas fixas como salários e outros custos operacionais. A situação está insuportável. Não temos mais onde cortar gastos”, alega Fernando. Ele anuncia que, na próxima quarta-feira (10/03), os empresários do setor farão uma manifestação na porta do Paço Municipal para pedir a flexibilização das medidas e permitir que restaurantes voltem a operar, mesmo que seja de forma reduzida, a fornecer marmitas na porta dos estabelecimentos, além do delivery.
Com forma de ganhar fôlego até passar a pandemia, a diretoria da Abrasel Goiás fez um acordo com o Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares para conceder férias parceladas de 14 dias aos trabalhadores, reduzir em 30% os salários, com a devida aceitação do empregado, e até dedução da multa trabalhista em caso de demissões.
Mesmo assim, segundo o presidente da entidade, muitos bares e restaurantes estão fechando as portas no Estado e não sabem se reabrirão no futuro. “Todos estamos em situação desesperadora, mas aqueles bares/restaurantes que funcionavam também como boates, casas de danças e aquelas que tinham som ao vivo, estão piores”, relata Fernando Machado.