A FIEG avalia com preocupação os sucessivos aumentos no preço dos combustíveis em Goiás e no Brasil. Já foram 11 reajustes neste ano com alta acumulada de 73% no preço da gasolina e de 65,3% no diesel.
A FIEG avalia com preocupação os sucessivos aumentos no preço dos combustíveis em Goiás e no Brasil. Já foram 11 reajustes neste ano com alta acumulada de 73% no preço da gasolina e de 65,3% no diesel. “O custo do transporte pode chegar a 25% do custo do produto final e o efeito vem em cascata, desde o acesso às matérias-primas, até o escoamento da produção”, destaca o presidente da entidade, Sandro Mabel (foto).
A FIEG ressalta que, em Goiás, a indústria de transformação amarga queda na produção de 4,7% no acumulado do ano e um aumento nos custos agora tende a impactar ainda mais esse resultado. “Esses aumentos causam queda no poder aquisitivo da população e aumentam o custo da produção, com o encarecimento do frete, impactando toda a cadeia produtiva”, frisa Mabel.
Efeito dominó
Assessora econômica da FIEG, Januária Guedes, diz que o aumento dos combustíveis vai se sobrepondo, desde o campo até a etapa final da produção, gerando efeito dominó. “Um dos reflexos imediatos é o aumento dos custos de produção, ameaçando novas quedas no emprego industrial, numa tentativa de conter o aumento dos custos e a queda dos lucros”, alerta.
Mais de 90% das indústrias goianas são de pequeno porte e não possuem margem para assimilar esse aumento. Para algumas dessas empresas, o aumento acumulado no custo de transporte pode impactar em até 40% o custo do produto. “Na atual conjuntura econômica, o mercado consumidor também não consegue assumir esse custo”, analisa Januária.