sábado, 27 de abril de 2024
Governo Bolsonaro arrecada R$ 227 bilhões com privatizações

Governo Bolsonaro arrecada R$ 227 bilhões com privatizações

Sem fazer muito alarde e longe dos olhos do Congresso Nacional, o governo de Jair Bolsonaro já arrecadou R$ 227 bilhões com privatizações ou venda de ações de empresas estatais desde 2019.

6 de janeiro de 2022

Venda de subsidiárias da Petrobras foi até agora que mais gerou receitas no governo Bolsonaro

Sem fazer muito alarde e longe dos olhos do Congresso Nacional, o governo de Jair Bolsonaro já arrecadou R$ 227 bilhões com privatizações ou venda de ações de empresas estatais desde 2019. Está longe de chegar a meta de R$ 1 trilhão, prometida pelo ministro Paulo Guedes (Economia), mas ainda assim é um dos maiores volumes já arrecadados por um governo.

Entretanto, esse volume foi maior em 2019, com R$ 110 bilhões em privatizações. Depois, caiu para a metade: R$ 59,6 bilhões em 2020 e R$ 57,6 bilhões no ano passado, mostrando claro desaceleração da política de desestatização no governo Bolsonaro.

A maior parte desta arrecadação foi obtida com a venda de subsidiárias de estatais e de ações detidas pela União e suas empresas, que não dependem da aprovação do Congresso e é utilizado para reduzir a dívida pública do País, hoje na casa dos R$ 5,5 trilhões. Além da venda direta de subsidiárias, outra estratégia da equipe econômica foi se desfazer de ações detidas pelo Banco do Brasil, pelo BNDESPar e pela CaixaPar.

O governo Bolsonaro vendeu R$ 31,5 bilhões de ações da Petrobras. Também vendeu R$ 24,5 bilhões de ações da Vale, além de R$ 11,5 bilhões de debêntures da mineradora. A maior operação realizada até agora, entretanto, foi a privatização da TAG, subsidiária da Petrobras no setor de gás natural, por R$ 33,5 bilhões. A segunda maior venda de estatal foi de outra subsidiária da Petrobras, a BR Distribuidora, por R$ 21 bilhões.

Para avançar com as privatizações, o governo Bolsonaro dependerá agora mais da vontade do Congresso Nacional. A desestatização dos Correios, por exemplo, enfrenta forte resistência (e arrecadaria a metade do valor apurado com a venda da TAG). A bola da vez parece ser a Eletrobras. O BNDES prevê que o lançamento da oferta de ações da estatal será em março, quanto o TCU deve emitir um acórdão aprovando as condições da operação. A expectativa do governo é que o valor total da operação alcance R$ 100 bilhões, o que seria a maior privatização já realizada no Brasil.

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